Moraes prometeu “celeridade” no julgamento de presos do 8/1, diz Marinho
Até o início desta quinta, Moraes havia liberado 655 detidos nos atos de 8 de janeiro para responder aos processos em liberade
atualizado
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Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado Federal, e outros quatro parlamentares participaram, nesta quinta-feira (2/3), de audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo discutiu o julgamento dos presos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
De acordo com Marinho, o magistrado prometeu “celeridade” no julgamento dos presos. Até o início desta quinta-feira, Moraes havia liberado 655 detidos nos atos de 8 de janeiro para responder aos processos em liberade, com medidas cautelares.
O senador Rogério Marinho e demais parlamentares da oposição afirmam que, entre os presos, há centenas de pessoas que não cometeram crimes e devem ser inocentadas.
“Aqueles que têm culpa e cometeram atos de barbárie têm de pagar pelos seus delitos. Mas existe um grande número de pessoas que eram transeuntes, chegaram à noite no pátio do Exército”, defende.
Além de Marinho, participaram da audiência os senadores Carlos Portinho (RJ), líder do PL no Senado, Tereza Cristina (PP-MS), Eduardo Girão (Novo-CE) e Wellington Fagundes (PL-MT).
“Mutirões”
Segundo Marinho, Moraes teria citado ações que estão sendo feitas para avançar no julgamento dos presos. Uma delas é a mobilização de mutirões com a Defensoria Pública para garantir a defesa dos detidos sem advogado.
“Alguns ainda estão presos, até porque não houve pedido formal de liberação. É necessário que tenhamos esse cuidado de fazer esses mutirões como o que aconteceu no começo da semana, repetirmos esse processo quantas vezes forem necessárias. A todos nós interessa o desfecho desse processo”, pontuou Marinho.
O senador disse esperar que, nos próximos 20 dias, os demais presos sejam identificados, processados por eventuais delitos e liberados para que possam responder em liberdade.
CPMI
Na segunda-feira (27/2), parlamentares do PL e de siglas da oposição protocolaram o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos de 8 de janeiro. O documento foi protocolado após o grupo recolher 222 assinaturas (189 deputados e 33 senadores).
O grupo pede a responsabilização do atual governo e a libertação de pessoas presas “injustamente” durante os ataques.
De acordo com o regimento do Congresso Nacional, a CPMI deve ser instalada automaticamente, após atingir o número mínimo de assinaturas. No entanto, é preciso que a matéria seja lida em sessão do Congresso Nacional, que tem pauta definida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).