Moraes manda soltar 8º réu por atos antidemocráticos de 8/1
Nesta mesma semana, um dos presos pelo 8/1 morreu na Papuda e, na quarta-feira (21/11), sete réus acabaram soltos
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu, nesta sexta-feira (24/11), a soltura de um dos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o réu Geraldo Filipe da Silva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia enviado um pedido de absolvição do réu por falta de provas no começo do mês.
O entendimento da PGR era de que havia “dúvida razoável” da participação do réu nos atos.
Em troca da liberdade, Geraldo terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de sair do país e deverá comparecer à Justiça semanalmente.
Além disso, o ministro Moraes determinou a suspensão de autorizações de porte de arma e de certificado de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), além da entrega do passaporte do réu.
O pedido de soltura de Geraldo se dá na mesma semana em que um dos réus, Cleriston Pereira da Cunha, 46, morreu no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele foi vítima de um mal súbito, na segunda-feira (20/11). Na última quarta-feira (21/11), Moraes já havia solicitado a soltura de sete réus.
Parlamentares bolsonaristas estão convocando, nas redes sociais, um ato neste domingo (26/11), em São Paulo, em protesto contra a morte do “patriota” Cleriston Pereira da Cunha.
Relembre o 8 de janeiro
Diversas pessoas promoveram um quebra-quebra das instituições dos Três Poderes na Esplanada dos Ministérios, em 8 de janeiro deste ano. Entre os locais danificados estão o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF, que podem ter resultado em danos que chegam a R$ 40 milhões.
Em tese, os responsáveis pelos crimes no 8/1 podem responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.