Moraes pede que presídio informe se pode examinar Roberto Jefferson
Com febre e sintomas respiratórios, o ex-deputado federal solicitou, ainda nesta terça-feira, para ser transferido para um hospital
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o diretor do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, informe, em até 24 horas, se o hospital da prisão pode realizar exames médicos em Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente afastado do PTB, preso no local.
Mais cedo, nesta terça-feira (11/1), a defesa pediu à Suprema Corte que o bolsonarista fosse transferido para o Hospital Samaritano Barra, em razão de febre persistente e sintomas de problemas respiratórios.
Por ora, o magistrado preferiu apenas saber se o ex-deputado pode ser atendido na própria penitenciária.
“Oficie-se ao diretor da unidade prisional onde se encontra custodiado o requerente para que informe, no prazo máximo de 24 horas, acerca da possibilidade de realização, no hospital penitenciário, dos exames indicados como necessários pelos médicos do preso”, salienta Moraes.
Veja a íntegra da decisão de Alexandre de Moraes:
despacho_pet9844 by Carlos Estênio Brasilino
Por suspeita de Covid-19 ou Influenza, os advogados de Roberto Jefferson alegaram que a unidade em que se encontra encarcerado, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ), não existe estrutura para a realização de exames essenciais ao tratamento.
“O paciente apresenta, desde o dia 07/01/22, febre persistente e sintomas respiratórios, ainda sem diagnóstico etiológico. Em virtude do momento epidemiológico atual, sugiro transferência do paciente para unidade hospitalar para prosseguir investigação diagnóstica e instituir tratamento oportuno”, assinalou, nesta terça-feira (11/1), o médico Abdon Hissa.
Em setembro, o político afirmou, nas redes sociais, que testou positivo para o coronavírus. Alinhado com Jair Bolsonaro, o ex-parlamentar aproveitou para fazer propaganda da cloroquina.
Prisão
Por decisão de Moraes, Roberto Jefferson foi preso no dia 13 de agosto de 2021. por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia. No mesmo dia, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência dele.
O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson numa espécie de milícia digital que fazia ataques aos ministros do Supremo e às instituições.
A investigação fazia parte do inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do que tratava dos atos antidemocráticos, para apurar a atuação de uma organização criminosa digital.
Na decisão, Moraes sustentou que a prisão preventiva se justifica pelos crime de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa e denunciação caluniosa.