Moraes pede a Toffoli data para assistir a vídeo de briga na Itália
O ministro e a família pediram para ter acesso às imagens em inquérito que apura possível agressão contra eles em aeroporto da Itália
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e familiares pediram ao ministro Dias Toffoli para marcar data na qual possam ter acesso à mídia com vídeo de confusão ocorrida em aeroporto da Itália e apurada pelo Supremo, sob relatoria de Toffoli. O requerimento é para que, a partir das imagens, a defesa possa ter elementos de argumentação.
Embora Toffoli tenha retirado o sigilo das investigações, está mantida a reserva das imagens das câmeras de segurança do aeroporto, que foram enviadas pela Justiça italiana. As partes do processo, bem como os advogados da família de Moraes, podem assistir as imagens, mas com condições. Eles não podem ter celular em mãos ou divulgar os dados. Podem assistir e se basear nelas para a defesa.
Toffoli alegou em decisão anterior que a divulgação de imagens de pessoas suspeitas “é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorre no caso”.
Agressões
A investigação da Polícia Federal sobre possíveis agressões e ofensas a Alexandre de Moraes está em andamento para que peritos possam fazer a análise dos vídeos enviados por autoridades daquele país. Dias Toffoli é o relator do inquérito sobre o caso na Corte.
O episódio ocorreu em julho deste ano, no Aeroporto de Roma, quando Moraes e familiares teriam sido abordados e ofendidos por brasileiros. O filho do magistrado teria sido agredido com um tapa.
Os investigados no inquérito são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Bignotto, que negam ter agredido Moraes e a família do ministro.
No momento em que teria sido agredido, Moraes estava na Itália e voltava de uma palestra ministrada na Universidade de Siena.
Segundo a versão de Moraes, o filho dele teria sido agredido fisicamente, e o grupo de brasileiros o teria chamado de “bandido, comunista e comprado”. Os investigados negam a agressão física.