Moraes determina permanência de Jefferson em hospital particular do RJ

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o o ex-deputado federal Roberto Jefferson permaneça internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, para para dar prosseguimento ao tratamento médico que tem sido realizado. A decisão foi tomada após informações técnicas da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) apontando que não tem condições de ofertar tratamento adequado ao custodiado

Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado e passou a cumprir pena no ambiente hospitalar desde junho. Na ocasião, os advogados de Roberto Jefferson afirmaram que ele precisava de tratamento médico adequado fora da prisão. De acordo com os defensores, ele já perdeu cerca de 16 kg.

Em seguida, a Seap demonstrou que a transferência do preso para o hospital particular melhorou as condições de Jefferson e que ele poderia ter alta. O órgão informou ainda ter hospital próprio para atendimento médico e tratamento dos custodiados.

No entanto, exames da junta médica oficial concluem que, apesar da condição do paciente ter tido alguma melhora, sua estabilidade é extremamente frágil e seu grau de desnutrição ainda é elevado. “Quanto ao seu psiquê, mantém quadro depressivo, que dificulta e sua condição precária do aparelho digestivo, a manutenção da desnutrição. Quanto ao Neurológico; a queda ou outras possíveis quedas poderão desencadear quadro convulsivo”, aponta o laudo.

Foi considerada ainda a condição do aparelho cardiológico, devido as angioplastias passadas, o tratamento clínico e o acompanhamento do especialista deve ser regrado.

Polícia Federal

A junta médica de peritos da Polícia Federal chegou à mesma conclusão: “Devido à idade, à história patológica pregressa e à história patológica atual, o paciente necessita de cuidados médicos, fisioterápicos, nutricionais e de enfermagem diários”.

Assim, a Seap deu sua manifestação de que não tem condições de arcar com todas as necessidades de Jefferson e Moraes determinou a permanência do custodiado no hospital particular.

Tiros contra a PF

Jefferson está preso desde outubro do ano passado por oferecer resistência armada ao cumprimento do mandado de prisão decretado por Moraes.

Na ocasião, o ex-deputado deu tiros de fuzil e lançou granadas contra os policiais federais que foram ao local. Em função do episódio, ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio e virou réu.

O mandado foi expedido depois que o ex-parlamentar publicou um vídeo na internet no qual ofendeu a ministra Cármen Lúcia.