Moraes dá 48h para DF avaliar se Torres deve ser transferido a hospital
Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Guará 2, no Distrito Federal
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu, nesta sexta-feira (28/4), 48 horas para que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informe se o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar da capital federal (BAVOP/PMDF) tem as condições necessárias para garantir a saúde de Anderson Torres dentro da prisão. Moraes também questiona se o BAVOP acredita ser necessário transferir Torres para o hospital penitenciário.
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Guará 2, no Distrito Federal, desde 14 de janeiro. Torres foi detido por suspeita de omissão nos atos que levaram à depredação dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
A determinação veio após Torres enviar senhas erradas à Corte por “dificuldade cognitiva”, segundo a defesa. A nota da defesa cita o comprometimento da saúde mental do ex-secretário.
Na nota que justifica as senhas erradas ao Supremo, a defesa de Torres ainda cita que ele estaria tendo lapsos frequentes de memória. “Nesse cenário, tendo em vista o atual estado mental do requerente, com lapsos frequentes de memória e dificuldade cognitiva, a confirmação da validade das senhas, na hodierna conjuntura, revela-se sobremaneira dificultosa.”
Moraes: Anderson Torres omitiu acesso a celular em investigações
Anderson Torres está preso por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos cometidos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Preso após retornar das férias nos Estados Unidos, o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) havia informado à Polícia Federal (PF) que não entregou o celular pessoal aos investigadores por ter perdido o aparelho.
Laudo
Na última semana, um laudo médico sobre o estado de saúde mental do ex-ministro Anderson Torres apontou “piora significativa” de seu quadro psiquiátrico. O documento descreve, ainda, que o ex-ministro de Jair Bolsonaro tem sofrido seguidas crises de ansiedade e choro.
Torres passou a ter acompanhamento em 17 de janeiro, três dias após sua prisão.
Um novo depoimento que Anderson Torres prestaria à Polícia Federal (PF) chegou a ser adiado após a defesa apresentar o pedido de habeas corpus. Ainda não há nova data para a oitiva.