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Moraes dá 15 dias para PGR avaliar pedido de soltura de Daniel Silveira

Os advogados do do ex-parlamentar pediram em agravo regimental que a prisão e multa contra Silveira sejam revogadas

atualizado

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Daniel Silveira PF urnas Metrópoles
1 de 1 Daniel Silveira PF urnas Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Alexandre do Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre agravo regimental interposto pela defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

A PGR vai opinar sobre o pedido dos Os advogados do ex-parlamentar para que a prisão dele seja revogada e a liberdade imediata determinada. É solicitado ainda que as multas contra o ex-parlamentar, hoje em quase R$ 4,4 milhões, sejam extintas por “ausência de previsão legal”. Silveira foi preso na última quinta-feira (2/2), na casa dele em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

A decisão de prender Silveira foi do ministro Alexandre de Moraes, motivada pelo descumprimento de medidas cautelares definidas pelo órgão — entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar as redes sociais.

Na decisão, Moraes argumentou que Daniel Silveira desrespeitou medidas cautelares impostas pela Suprema Corte, em pelo menos, 175 oportunidades. No documento, o ministro afirma que Silveira danificou o equipamento de monitoração eletrônica que estava sob sua responsabilidade, além de reiterar os ataques comumente proferidos contra o Supremo e, no período eleitoral, contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Como se vê, nem mesmo o elevado valor das multas acumuladas em seu desfavor foi suficiente para cessar o periculum libertatis do réu condenado, não se notando, do contexto fático-probatório, qualquer efeito intimidatório da medida cautelar pecuniária”, diz a decisão.

“As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”, alegou Moraes.

Argumentos da defesa

Em abril do ano passado, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaçar ministros da Corte, além de ter se tornado inelegível. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu indulto presidencial a Silveira. A defesa de Silveira se ampara a esse documento para pedir a extinção da punibilidade.

Os pedidos para anulação da multa entram no mesmo bojo. Assim, os advogados dizem no Agravo Regimental que “sejam anuladas as medidas cautelares, inclusive as multas aplicadas, de forma retroativa à concessão do indulto, nos termos em que requerido pelo Agravante em diversas oportunidades e nos termos da manifestação da Procuradoria-Geral da República”, dizem.

Se a reconsideração não for considerada, os advogados pedem que a prisão do cliente seja julgada em plenário, não em decisão monocrática.

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