Moraes concederá medalha a PMs por atuação nas eleições e em protestos
A medalha de Ordem do Mérito do TSE é uma homenagem e um agradecimento pelo serviço prestado no pleito de 2022 e contra atos ilegais no país
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, concederá a medalha de Ordem do Mérito Assis Brasil ao Conselho Nacional dos Comandantes da Polícia Militar pela atuação nas eleições gerais de 2022 e pelo serviço prestado contra bloqueios e protestos de bolsonaristas que não aceitaram o resultado presidencial, no segundo turno.
As ações, que fecham rodovias pelo Brasil desde 30 de outubro e ainda mantêm caminhões em vias públicas para dar apoio a manifestantes acampados em quartéis-generais, foram consideradas ilegais e antidemocráticas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Diante de suposta falta de reação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Justiça tem contado com o apoio da PM para multar, prender e desobstruir vias. Esse é um dos motivos da condecoração.
Moraes anunciou a homenagem em reunião realizada nesta quarta-feira (23/11), com comandantes das polícias militares de 24 unidades da Federação, no TSE, em Brasília. Moraes e o ministro Benedito Gonçalves abriram o encontro agradecendo a participação das PMs na organização das eleições em todo o país, além do empenho da corporação para coibir bloqueios e protestos ilegais.
Os integrantes do encontro falaram sobre a atuação em diversas partes do país e ressaltaram os esforços para desobstruir as vias.
Os comandantes ainda falaram sobre os relatórios das manifestações. Todos os documentos com registros de integrantes, placas de caminhões, nomes e empresas envolvidas nos bloqueios foram apresentados no âmbito da ADPF 519, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Faltas
A convocação do TSE foi enviada aos comandos das PMs no dia 8 de novembro. A maioria dos comandantes participou do evento.
Somente comandantes das Polícias Militares de três estados não participaram da reunião no TSE. Não compareceram, coronel Hudson Leôncio Teixeira, do Paraná; coronel Marcelo Pontes, de Santa Catarina; e coronel Alarico José Pessoa Azevedo Júnior, do Rio Grande do Norte.
O comandante da PM do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, foi o primeiro a informar que não iria a Brasília nem enviaria um representante. Oficialmente, ele alegou incompatibilidade de agenda, mas há questões políticas envolvidas.
Teixeira foi gravado, no último dia 2 de novembro, negociando com manifestantes de um ato que questiona o resultado da eleição e fechava a PR-151, em Ponta Grossa. Na ocasião, ele disse que não multaria “por enquanto” os manifestantes, apesar de o próprio Alexandre de Moraes ter ordenado, três dias antes, a liberação imediata de rodovias de todo o país.
⏯️ Comandante da PMPR admite prevaricação ao não multar bolsonaristas.
Ao negociar com manifestantes, coronel da PMPR determinou desobstrução parcial de via e admitiu que pedido seria prevaricação. #Eleições2022
Leia: https://t.co/GUfPm4LUwo pic.twitter.com/0KTqHn5ge9
— Metrópoles (@Metropoles) November 3, 2022