Moraes concede liberdade a militar acusado de atuar na “Abin Paralela”
O ministro do STF concedeu liberdade provisória ao militar Giancarlo Rodrigues, preso no âmbito da Operação Última Milha, da Polícia Federal
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao militar Giancarlo Rodrigues, alvo de operação que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento ilício de autoridades, a chamada “Abin Paralela”.
Giancarlo Rodrigues, segundo investigações da Polícia Federal, tinha um cargo de confiança na Abin, na gestão de Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL. O militar do Exército era o responsável por enviar informações da espionagem ilegal para perfis publicarem em redes sociais, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ele foi preso em julho durante a quarta fase da Operação Última Milha, que apura a produção de notícias falsas e o monitoramento ilegal de autoridades, servidores públicos e jornalistas considerados pelo governo Bolsonaro como opositores.
Prints obtidos pela Polícia Federal mostram que Rodrigues compartilhava publicações de contas no Twitter que propagavam as informações obtidas de forma ilegal. O agente da Abin também admitia aos seus colegas que enviava as investigações.
Entre os perfis que recebiam informações de Rodrigues estavam @RichardPozzer, @DallasGinReturn e @VolgdoRui. As três contas foram apagadas da rede social.
Tornozeleira
Moraes concedeu a liberdade provisória por considerar que “a manutenção da prisão não se revela adequada e proporcional, podendo ser substituída por medidas alternativas”.
Assim, determinou o uso de tornozeleira eletrônica, além da proibição do investigado de se ausentar do país e o cancelamento dos passaportes do militar.