Moraes compartilha investigações da “Abin Paralela” com outras do STF
Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (11/7), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão sobre uso de sistemas da Abin
atualizado
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A pedido da Polícia Federal (PF) e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento das investigações sobre o uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) com outras apurações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre essas apurações está o inquérito que apura a veiculação de narrativas fraudulentas e tentativas de desestabilizar a ordem democrática e o sistema eleitoral brasileiro. Também foi autorizada a remessa das informações para a Corregedoria da Abin.
A PF deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a quarta fase da Operação Última Milha, cujo objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se da Abin.
Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.
Prisão preventiva e busca e apreensão
Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.
Até o momento, o Metrópoles confirmou as prisões de Giancarlo Gomes Rodrigues; Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; Richards Dyer Pozzer; e Rogério Beraldo de Almeida.
Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e vereador do Rio de Janeiro, foram alvo de busca e apreensão. Entre eles, José Mateus Sales Gomes.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.