metropoles.com

Moraes compartilha dados do inquérito das fake news contra PCO com TSE

Pedido foi feito após o TSE abrir inquérito administrativo para apurar investigações de ataques do partido contra a Justiça Eleitoral

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles. Alexandre de Moraes, nascido em 1968, é doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), professor, advogado, ex-promotor de justiça, ex-ministro da justiça e ex-político brasileiro. Natural de São Paulo, foi indicado ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente Michel Temer, em 2017
1 de 1 Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles. Alexandre de Moraes, nascido em 1968, é doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), professor, advogado, ex-promotor de justiça, ex-ministro da justiça e ex-político brasileiro. Natural de São Paulo, foi indicado ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente Michel Temer, em 2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (SF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta segunda-feira (4/7), o compartilhamento com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dados do inquérito das fake news envolvendo ataques do Partido da Causa Operária (PCO) à Suprema Corte.

Com a decisão, provas obtidas durante a investigação do STF poderão ser usados no inquérito administrativo aberto pelo TSE para investigar ataques do partido à Justiça Eleitoral.

“No âmbito da Justiça Eleitoral, a investigação se debruça sobre a divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral, inclusive os processos de votação, apuração e totalização de votos. Não há dúvida de que o compartilhamento de elementos informativos colhidos pode e deve ocorrer, eis que largamente demonstrada a relação entre os fatos investigados, a revelar a adequação da medida”, escreveu Moraes em sua decisão.

O pedido de compartilhamento foi feito pelo corregedor-geral do TSE, ministro Mauro Campbell Marques. O inquérito administrativo na Corte foi instaurado na última sexta-feira (1º/7), depois de o partido publicar declarações contra a Justiça Eleitoral nas redes.

Em uma das publicações, o PCO se referiu a Alexandre de Moraes como “fascista” e afirmou que ele é um dos “pilares da ditadura do Judiciário”

“Após intervir ilegalmente no aplicativo, o tribunal envia mensagens a todos os usuários indicando que leiam o Estadão  ara ‘combater as fake news’. Tribunal Superior Eleitoral quer impor censura a manifestações políticas em show. Fascista Alexandre de Moraes é um dos pilares da ditadura do Judiciário e vai presidir o TSE nessas eleições”, disse a publicação.

4 imagens
TSE reafirmou que os votos e o sigilo seguem foram de perigo
Pedido de informações das Forças Armadas apresentam perguntas técnicas sobre funcionamento do sistema eleitoral. Não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades
O Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília
1 de 4

A dinâmica dos testes, segundo a Corte Eleitoral, depende do trabalho dos investigadores, e o TSE não interfere

Gustavo Moreno/Metrópoles
2 de 4

TSE reafirmou que os votos e o sigilo seguem foram de perigo

Gustavo Moreno/Metrópoles
3 de 4

Pedido de informações das Forças Armadas apresentam perguntas técnicas sobre funcionamento do sistema eleitoral. Não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 4

O Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília

Igo Estrela/Metrópoles

“Skinhead de toga”

Em 2 de junho, Moraes determinou que o PCO fosse incluído no inquérito das fakes news, que investiga ataques ao STF.

A decisão de incluir o partido de extrema esquerda no inquérito que investiga nomes ligados ao bolsonarismo acontece após mais uma série de ataques do PCO contra o STF e ao próprio Alexandre de Moraes.

Na data da decisão, o partido havia usado as redes sociais para acusar Moraes de preparar um “golpe” contra as eleições, após o ministro do STF afirmar que candidatos que divulgarem fake news com poder de influenciar o voto podem ter o registro para as eleições cassado pelo TSE.

“Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores”, escreveu o PCO em uma publicação no Twitter, que ainda pedia a dissolução do STF.

Essa não é a primeira vez que o partido ataca o Poder Judiciário ou decisões que envolvam as eleições deste ano ou expressa opiniões que são criticadas até mesmo por parte da esquerda. Em maio, o PCO acusou o STF de ser um “órgão ditatorial” por sua essência, e afirmou que não deveria “nem existir”. Já em agosto de 2021, o partido de extrema esquerda se juntou ao coro de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e questionou a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar provas.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?