Moraes compartilha com CGU inquéritos das milícias, fake news e joias
Moraes atendeu a requerimento da própria CGU para ter acesso às investigações em curso e que são correlatas aos atos de 8 de janeiro
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), compartilhou informações de inquéritos que tramitam na Corte e envolvem fakes news, milícias digitais, 8 de janeiro, Polícia Rodoviária Federal (PRF), joias e entre outros com a Controladoria-Geral da União (CGU). Moraes atendeu a requerimento da própria CGU para ter acesso às investigações em curso.
Por meio de ofícios, a CGU alegou que, diante de indícios de envolvimento direto ou indireto dos agentes públicos federais nos atos de 8 de janeiro de 2023, bem como fatos correlatos, requeria acesso, inclusive, às apurações relacionadas ao controle de vacinas (PET nº 10.405) e à entrada de joias doadas pela Arábia Saudita e tentativas de reavê-las (PET nº 11.645) em trâmite na Corte.
Pediu ainda acesso ao Inq. nº 4.781/DF, que apura a prática de crimes de denunciações caluniosas e ameaças contra o STF; ao de nº 4.874/DF, que apura a existência de milícias digitais; ao que trata de vazamento de dados de operações da Polícia Federal; ao dos atos golpistas de 8 de janeiro, tanto de executores quanto de incitadores; e das investigações que apuram uso indevido da ferramenta First Mile na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“O STF já se manifestou no sentido de inexistir óbice à partilha de elementos informativos colhidos no âmbito de inquérito penal para fins de instrução de outro procedimento contra o mesmo investigado”, informou Moraes na decisão.
A CGU deverá manter o sigilo das referidas investigações e somente poderá compartilhá-las mediante prévia autorização do STF.