Moradores gritam “assassino” em reprodução simulada do caso Kathlen
Grávida de 14 semanas, a designer foi atingida por um tiro de fuzil no tórax. Dois policiais militares afirmaram que fizeram sete disparos
atualizado
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Rio de Janeiro – Policiais militares que participaram da ação que resultou na morte da designer Kathlen Romeu, de 24 anos, no último dia 8/6, participam da reprodução simulada do crime, na comunidade do Lins de Vasconcelos, na zona norte, nesta quarta-feira (14/7). Moradores gritam “assassino” para um dos policiais.
A avó Sayonara Fátima que estava com a neta na hora da tragédia chorou copiosamente ao chegar no local. Ela participa para relatar o que conseguiu ver até o momento em a neta foi atingida. Dois policiais que assumiram ter efeituado os disparos participam da reconstituição usando balaclavas (um tipo de máscara que cobre o rosto e deixa apenas os olhos à mostra).
Um deles, o cabo Marcos Felipe da Silva Salviano, assumiu ter dado cinco tiros contra traficantes. A versão do militar é rechaçada pela família. A avó nega que houve confronto.
A investigação para identificar o responsável pelo tiro que matou Kathlen está a cargo da Delegacia de Homicídios. O Ministério Público que atua junto à Justiça da Auditoria Militar também apura se os militares alteraram a cena do crime, o que configuraria fraude processual.
Para realizar a reprodução simulada, a Polícia Civil reforçou o policiamento e usa blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Doze policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora da região participaram da ação que resultou na morte de Kathlen. Eles foram afastados das ruas.