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Monique viajou com Jairinho após saber de agressões a Henry, diz babá

Na data da viagem, 13 de fevereiro, Thayná de Oliveira comunicou o próprio noivado ao casal e ganhou cama de R$ 1.300 como presente

atualizado

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Henry Borel Medeiros
1 de 1 Henry Borel Medeiros - Foto: Reprodução redes sociais

Rio de Janeiro – Depois de narrar as agressões feitas pelo vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, contra o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, que morreu no dia 8 de março, a babá Thayná de Oliveira Ferreira relatou aos policiais, em seu segundo depoimento (ela disse que mentiu no primeiro por medo), que a professora Monique Medeiros, ao ouvir mais detalhes sobre o ocorrido, falou que seguiria para casa de parentes em Bangu.

No entanto, segundo a babá, Monique e Dr. Jairinho viajaram para curtir o Carnaval em Mangaratiba (RJ), sem a criança. Monique e o vereador estão presos e são investigados pela morte de Henry.

“A partir dos Stories do Instagram, vi que Monique e Jairinho estavam juntos em Mangaratiba. Eles aparentavam estar bem um com o outro, carinhosos, o que, inclusive, causou estranheza. Quando voltei, tudo estava bem, sendo que Henry contou que só foi para Mangaratiba no último dia da viagem, o que foi confirmado por Monique”, disse a babá aos investigadores.

Ainda de acordo com o depoimento da babá, ao ser questionada sobre já ter recebido presentes ou gratificações em dinheiro não relacionadas ao serviço de babá, Thayná lembrou que foi presenteada com uma cama quando enviou o convite de noivado ao casal.

O anúncio do noivado foi no dia 13 de fevereiro, um dia após a narração das agressões contra Henry. “Perguntada sobre a data em que ganhou a cama, a declarante disse que não sabe; que perguntada se foi depois do primeiro episódio de violência que narrou nestas declarações, respondeu que sim; que perguntada sobre o valor da cama, a declarante disse que foi cerca de R$ 1.300 (mil e trezentos reais)”, diz o depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso.

No salão de beleza

O depoimento também indica que, mesmo estando a cinco minutos do apartamento do casal, onde as agressões estavam acontecendo, Monique permaneceu no salão de beleza e só chegou em casa três horas depois, relato que também consta do documento.

“A declarante afirma que foi bastante tempo, já que acredita que começou a contar para Monique por volta de 16h10, sendo que esta só retornou por volta de 19h; que assim que entraram no carro, Monique disse à declarante: ‘Nossa, eu vim rápido, ainda borrei minha unha, me conta, Thayná, o que que aconteceu?; que a declarante, novamente, narrou tudo que havia ocorrido; que, segundo a declarante, Monique se mostrou nervosa e começou a perguntar a Henry, sendo que este confirmava com a cabeça, ou seja, confirmava que havia sido agredido por Jairinho.”

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão
Henry Borel e o pai, Leniel Borel
Henry Borel Medeiros
Leniel e Henry Borel
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Vereadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Henry Borel

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel

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Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão

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Leniel e Henry Borel

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Medo de agressões

O medo de sofrer agressões ou alguma violência foi, segundo a babá, o motivo pelo qual ela mentiu no primeiro depoimento. Thayná nega ter recebido dinheiro para isso. Além disso, a babá afirmou ter recebido orientações para negar qualquer agressão ou briga de família.

As recomendações teriam sido feitas por Monique Medeiros, mãe da vítima, pelo advogado de Dr. Jairinho, André França, e por Thalita Fernandes, irmã do vereador, que ainda não foi ouvida após a denúncia.

Thayná reforçou em sua retratação que o padrasto e a mãe do menino Henry “brigavam com frequência, quase toda semana”. Mensagens trocadas em 12 de fevereiro, entre mãe e babá, revelaram à polícia que Jairinho agrediu o menino pelo menos uma vez.

A polícia já anunciou que vai representar, na Ordem dos Advogados do Brasil, contra o advogado André França. Procurado, ele ainda não respondeu.

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