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Monique Medeiros, ré pela morte de Henry, volta a ocupar cargo público

Acusada de participar da morte do filho Henry Borel, de 4 anos, Monique vai trabalhar em função administrativa da Secretaria de Educação

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Monique Medeiros
1 de 1 Monique Medeiros - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Monique Medeiros, ré pela morte do menino Henry Borel, voltou a trabalhar. A acusada pelo assassinato do filho também é servidora concursada da Secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro e pediu para voltar a trabalhar na unidade em uma função administrativa no almoxarifado da Secretaria.

Além dela, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, também responde pelo mesmo crime, mas aguarda o julgamento em liberdade depois de ter tido sua prisão revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Monique estava afastada de suas funções desde 2021 quando foi presa pelo homicídio do filho. O menino tinha quatro anos e morreu no dia 8 de março, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) revela que o corpo do menino tinha múltiplas lesões.

“A orientação jurídica recebida pela Secretaria Municipal de Educação foi de que como a servidora foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça e ainda não houve sentença condenatória, não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria”, disse a Secretaria Municipal de Educação ao Metrópoles.

Relembre o caso

O caso ganhou repercussão nacional em 2021 por ser semelhante ao da menina Isabella Nardoni, ocorrido 13 anos antes. De acordo com as investigações, Henry Borel morreu por conta de agressões do padrasto, o então vereador Jairinho, e pela omissão da mãe, Monique Medeiros.

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Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico
O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente
O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte
Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino
A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro
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Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico

Reprodução
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O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente

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O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte

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Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino

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A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro

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Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando

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Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões

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A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações. Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas.

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Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos

Agência Brasil
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Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida

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Jairinho e Monique são acusados pela morte do menino

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Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança

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Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho

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Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica

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Na Justiça, Jairinho foi denunciado por: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura.

Monique foi denunciada por: homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura omissiva; falsidade ideológica; coação de testemunha.

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