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Monique diz que Henry estava gelado quando Jairinho a acordou

Em interrogatório, mãe de Henry disse emocionada que Jairinho foi ao banheiro e, na volta, falou que deveriam levar o Henry para o hospital

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Monique Medeiros
1 de 1 Monique Medeiros - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Na reta final do depoimento, Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, que está presa pela morte do filho de 4 anos, em 8 de março de 2021, relatou os últimos momentos ao lado da criança. Ao fazer essa espécie de passo a passo do que ocorreu na noite da morte do menino, Monique chorou muito.

Ela contou que foi acordada por Jairinho dizendo que Henry tinha caído da cama. “Ele estava na cama, deitado com a barriga para cima, com as mãos em cima da coberta. Henry estava gelado e olhando para o nada. Jairinho foi ao banheiro e, na volta, falou que deveriam levar o Henry para o hospital. Para mim, ele estava vivo, na minha cabeça ele estava vivo”, conta.

Retorno da casa do pai

Segundo ela, o menino chegou em casa às 19h30, depois de passar um fim de semana na casa do pai, Leniel Borel. De acordo com o relato, o menino chegou a sua residência chorando muito e vomitando.

Monique afirma que depois que Leniel foi embora, ela levou Henry para uma padaria e comprou doces e guloseimas que ele gostava de comer para acalmá-lo. “Ele não queria ir nem para a minha casa, nem para a do Leniel. Queria ir para Bangu [casa da avó materna].”

Acusada da morte do menino, ela afirmou ter dito ao filho que sempre iria cuidar dele. “Falei para ele ‘você tem que cuidar da mamãe, não pode ficar chorando assim’. Ele falou ‘mamãe, vou cuidar de você para sempre’”, contou.

Últimas horas de vida

Monique alega que, após a demora para buscar Henry com Leniel na porta do prédio, Jairo questionou sobre o tempo que ela levou para retornar para casa. Em depoimento, ela disse que, após dar banho e colocar Henry para dormir, juntou-se ao ex-vereador na sala para assistirem a um programa na televisão. No meio tempo, Henry acordou cerca de três vezes e foi procurar pela mãe.

“Todas as vezes que levei Henry para dormir estava com o celular na mão. Jairinho queria saber o que tinha no meu celular na minha conversa de WhatsApp com o Leniel”, afirma.

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Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, no julgamento de Jairinho e Monique Medeiros, no dia 9 de fevereiro de 2022
Monique é acusada de matar o filho com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho
A mãe de Monique (de casaco verde) acompanhou o depoimento da filha no julgamento do caso Henry
Leniel, acompanhado de amigos e manifestantes pedindo Justiça
Mãe de Eliza Samudio acompanhou o julgamento do menino Henry Borel no Rio
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Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento em que é acusada

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Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, no julgamento de Jairinho e Monique Medeiros, no dia 9 de fevereiro de 2022

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Monique é acusada de matar o filho com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho

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Leniel, acompanhado de amigos e manifestantes pedindo Justiça

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Mãe de Eliza Samudio acompanhou o julgamento do menino Henry Borel no Rio

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Horas depois, segundo a depoente, Jairinho pediu que fossem para o quarto de hóspedes para assistirem à televisão e “namorar”. Lá, de acordo com Monique, ela dormiu – possivelmente por efeito de dois remédios que tinha tomado.

“Jairinho me acordou e disse que o Henry tinha caído da cama. Quando Monique chegou, Henry estava na cama, deitado com a barriga para cima, com as mãos em cima da coberta. Henry estava gelado e olhando para o nada. Jairinho foi ao banheiro e, na volta, falou que deveriam levar o Henry para o hospital. Para mim, ele estava vivo, na minha cabeça ele estava vivo”, conta.

“Ninguém sabia o que estava acontecendo”

Ainda de acordo com ela, o menino estava saudável e sem machucados. “Meu filho não tinha um roxo. Eu vi meu filho pelado, não tinha nada. Não existia machucado no meu filho. Ninguém sabia o que estava acontecendo. Quando foi 5h52 me deram a notícia que meu filho tinha morrido. Era como se alguém tivesse arrancado um pedaço de mim”, disse.

Monique também afirmou que os médicos lhe disseram que não sabiam a causa da morte. “Naquele momento, eu culpei o hospital. Não sou médica, não sou perita, mas uma pessoa que chega morta no hospital leva 2h em processo de ressuscitação? Eu nunca vi isso. Parecia um pesadelo, parecia uma coisa horrível”, afirma a mãe do menino.

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