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Monique cita agressões de Jairinho: “Fui enforcada ao lado de Henry”

Em julgamento, mãe de Henry Borel chamou o ex-namorado de bipolar e falou do ciúmes do ex-vereador com Leniel Borel, pai do menino morto

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A professora é acusada de matar o filho de 4 anos junto com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho
1 de 1 A professora é acusada de matar o filho de 4 anos junto com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Em seu depoimento no julgamento do caso Henry Borel, Monique Medeiros, alegou ciúmes e agressões por parte do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Segundo a professora, o ex-namorado era “bipolar”, “possessivo”, “controlador” e tinha “episódios de agressões” seguidos por algum afago.

Durante a audiência de instrução nesta quinta-feira (9/2), no 2º Tribunal do Júri no Rio de Janeiro, Monique narrou um dos episódios na qual foi agredida por Jairinho. Segundo a ré, o ex-vereador a enforcou na cama enquanto ela dormia ao lado do filho.

“Ele se incomodou com a conversa no meu celular, que ele tinha a senha. Acordei sendo enforcada na cama ao lado do meu filho. Quando levantei, ele jogou o celular em mim, apenas pelo fato de eu chamar o Leniel de “Le” e ele me chamar de “Nick”. Quando fizeram as pazes, ele mandou caixas de chocolate a cada 20 minutos. Ele fazia e se desculpava. Batia e fazia um afago”, contou.

Acompanhe o julgamento:

Segundo a professora, o jeito agressivo de Jairinho “só melhorava quando namorávamos” (faziam sexo). Ao descrever as atitudes do ex-namorado, Monique disse que ele a enforcava “como se fosse um controle, uma posse”.

“Ele me pedia para dizer: ‘fala que só teve a mim como homem, que você nunca transou com outro homem’. Mas eu falava: ‘Jairinho, para de ser louco, eu tenho o Henry'”, relatou.

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Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, no julgamento de Jairinho e Monique Medeiros, no dia 9 de fevereiro de 2022
Monique é acusada de matar o filho com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho
A mãe de Monique (de casaco verde) acompanhou o depoimento da filha no julgamento do caso Henry
Leniel, acompanhado de amigos e manifestantes pedindo Justiça
Mãe de Eliza Samudio acompanhou o julgamento do menino Henry Borel no Rio
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Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento em que é acusada

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Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, no julgamento de Jairinho e Monique Medeiros, no dia 9 de fevereiro de 2022

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Monique é acusada de matar o filho com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho

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Mãe de Eliza Samudio acompanhou o julgamento do menino Henry Borel no Rio

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Outras agressões

A professora afirmou que o início do relacionamento foi marcado por agrados que o ex-vereador fazia para seu filho: “Sabia que agradando meu filho, agradaria a mim”, afirmou. “Henry adorava coxinhas, um dia ele mandou cinco caixas com cem coxinhas cada para ele”.

O casal se conheceu em setembro de 2020 e começaram a namorar por volta de outubro. Em janeiro de 2021, eles se mudaram para o condomínio Majestic, na Barra da Tijuca, junto com Henry.

“Um dia estávamos assistindo [a série] Narcos. Vimos cinco episódios direto. Aí, ele falou assim: ‘Estamos o dia inteiro vendo série, a gente não namorou, a gente não conversou, a gente não fez nada, a gente passou o dia inteiro sem fazer nada’. Eu fiquei sem entender, porque ele escolheu a série. Ele falou para a gente beber. Paramos de assistir a série e fui para a cozinha. Fiz uma crepioca para mim e, mesmo brigada com ele, fiz uma para ele também”, conta a acusada.

O relato começou às 11h40 e foi interrompido para almoço às 14h. Ainda em seu depoimento, Monique afirmou que, logo após esse momento, Jairinho teve uma crise de raiva e atirou o controle remoto em sua direção, causando um ferimento na sua boca.

A professora conta que o ex-namorado ainda a jogou com força no sofá, a deixando com marcas roxas nos pulsos.

“Ele começou a me pegar pelos braços, brigando comigo e me jogando no sofá repetidamente. Cheguei a ficar com os dois braços marcados com as mãos dele. Falei que ia embora, e ele escondeu minha bolsa e a chave do meu carro”, afirmou.

Ciúmes de Leniel

“Ele chegou a dar uma joelhada na parede. No dia seguinte tivemos que ir ao hospital e o médico disse que precisava operar, e ele ficou gritando ‘olha o que você fez’”, completou.

Monique também relatou diversos episódios de ciúmes em relação a Leniel Borel, pai de Henry. Jairo, que tinha acesso ao seu celular e a sua localização, chegou, segundo a mãe do menino, a invadir sua privacidade e dizer que “o problema era sempre o Leniel”.

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