Monique arrancou mega por desespero e foi ao salão após morte de Henry
Segundo a defesa de Monique Medeiros, ela arrancava tufos de cabelo por nervosismo. Menino morreu no dia 8 de março
atualizado
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A defesa de Monique Medeiros afirmou que ela foi ao salão de beleza no dia seguinte ao sepultamento do filho, o menino Henry, devido ao fato de ter arrancado tufos de cabelo por nervosismo. As informações são do jornal O Globo.
“Monique ficou desesperada, arrancou os cabelos porque tem mega-hair. Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. A minha cliente não tinha como se apresentar daquela forma”, informou o advogado Hugo Novais.
Previamente, gravações do salão de beleza mostraram Monique no local, onde fez manutenção do mega-hair. As mensagens trocadas entre a mãe de Henry e a atendente do estabelecimento apontam que Monique ainda pagou pelos serviços de pé: R$ 39; mão: R$ 35; conserto (de unha de acrigel): R$ 27; e tratamento: R$ 139, totalizando R$ 240.
Na conversa, a atendente se desculpa por ter cobrado um valor inferior e pede que Monique transfira, por Pix, os R$ 40 que faltaram. A mãe de Henry, então, responde: “Sem problemas. Vou passar aí”.
Videochamada com Henry
Foi nesse mesmo mesmo local que, no dia 12 de fevereiro, quase um mês antes da morte do menino, Monique recebeu uma videochamada do filho confirmando que havia sido agredido pelo padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho.
Segundo as profissionais que realizavam os procedimentos no salão, a criança disse frases como “Mamãe, eu te atrapalho?” e “Mamãe, o tio disse que eu te atrapalho”. E teria pedido que a mãe retornasse para casa, a cinco minutos de distância do estabelecimento.
Na ocasião, Monique realizava os procedimentos de hidratação e escova do cabelo, manutenção da unha de acrigel e embelezamento de pés e mãos.
Antes da chamada de vídeo, a babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, já havia relatado à mãe do garotinho as agressões do padrasto contra o menino naquele mesmo dia. Após a conversa, Monique pediu que a cuidadora apagasse as mensagens, no caso de Jairinho olhar o celular de Thayna.
Segundo as atendentes do salão, Monique ainda recebeu uma ligação de outra pessoa, na qual disse “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada” e “Quebra, pode quebrar tudo. Você já está acostumado a fazer isso”.
A mulher disse na ligação: “Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou junto. Porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma. Quem me contou foi ele”.
Logo após a ligação, Monique perguntou para o pessoal do salão onde poderia comprar uma câmera no shopping. No apartamento do casal, os policiais encontraram um aparelho de vigilância ainda fechado na caixa.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai, Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana juntos.
Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa em que o garoto morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O garotinho morreu às 5h42, segundo registro policial feito pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão. Monique e Jairinho estão presos temporariamente, desde o dia 8 de março, por suposto envolvimento na morte do menino.