MJ diz ter dado prejuízo de R$ 771,9 milhões ao crime organizado
Em meio à pandemia do coronavírus, os criminosos “tentaram intensificar o tráfico”, diz o coordenador-geral, Eduardo Bettini
atualizado
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Com foco no combate ao crime organizado, o Programa Vigia, do Ministério da Justiça, completa um ano nesta quarta-feira (15/04). A ação integrada, que visa barrar a entrada de contrabando, drogas, armas e munições no país, deu prejuízo de R$ 771,9 milhões aos criminosos, em um ano, segundo dados da pasta.
De acordo com levantamento do ministério, foram apreendidos, no ano passado, 49,5 milhões de maços de cigarro. Além disso, 129,3 kg de drogas, 1,3 mil veículos e 138 embarcações usadas para o tráfico. Esses itens, somados, chegariam ao valor divulgado como prejuízo pela pasta comandada pelo ex-juiz Sergio Moro.
O trabalho é feito nas fronteiras e conta com a atuação de agentes de segurança pública e instituições que atuam nas regiões: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Anvisa, Ibama, Receita Federal, Abin, Vigilância Agropecuária Internacional e Ministério da Defesa.
O coordenador-geral de fronteiras do Ministério da Justiça, Eduardo Bettini, explica que o monitoramento é feito 24 horas por dia nas fronteiras. O bloqueio de alguns pontos evitou um prejuízo de 257,4 milhões aos cofres públicos em um ano.
“O programa começou com a orientação do ministro [Sergio Moro] com foco nas fronteiras. Foi criada logo no início do ano uma estrutura que não existia até então. A gente iniciou uma série de testes, uma preparação para as operações. Algo inovador”, contou Bettini.
Em meio à pandemia de coronavírus, com as restrições, era de se esperar que o contrabando diminuísse. Contudo, Bettini conta que aumentou. Segundo o coordenador, isso mostra que “o crime tentou intensificar o tráfico nesse período”.
Em março, momento em que a pandemia se agravou, Bettini diz que o programa bateu recorde de apreensões de cigarro: foram 7,1 milhões de maços. A média é de 5 milhões por mês.
O programa está nos seguintes estados: Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Amazonas, Acre, Tocantins e Goiás (também atua nas divisas brasileiras).