Missionários goianos ficam ilhados em Moçambique após ciclone
Segundo pastores goianos, cenário em Moçambique é de destruição, e não há água, comida e energia elétrica
atualizado
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Goiânia – Um grupo de 11 missionários da Igreja Impactados, na capital goiana, está ilhado em Moçambique, após a passagem do ciclone Freddy, considerado o mais duradouro da história e que causou a morte de mais de 100 pessoas. De acordo com um dos pastores, que estão em Morrumbala, distrito da província da Zambézia, o cenário no local é de catástrofe.
O grupo, que está em missão social desde 7 de março, voltaria para o Brasil nessa terça-feira (13/3), no entanto, segundo eles, os aeroportos da região estão fechados. De acordo com os religiosos, não há água, comida, energia elétrica, e muitas pessoas estão desabrigadas ou desalojadas.
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Pelas redes sociais, o pastor Rinaldo Silva tem relatado a situação. Segundo ele, o grupo conseguiu se alojar em uma pensão. Eles tentam voltar para a cidade de Quelimane, a maior cidade da província da Zambézia, para, então, retornar ao Brasil.
“Estamos ilhados aqui. Os rios transbordaram em volta da gente. Conseguimos um gerador para funcionar hoje [dia 13]. Estamos sem ter para onde ir, sem conseguir sair daqui e precisando de ajuda para voltar”, conta o religioso.
“São muitas casas destruídas e pessoas desabrigadas. Estamos sem eletricidade, comida, água… É uma situação difícil, terrível e de muita dor e sofrimento”, desabafou.
Ciclone Freddy
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas (ONU), o ciclone Freddy se tornou o mais duradouro da história do país.
O fenômeno formou-se entre a Austrália Ocidental e a Indonésia no início de fevereiro. A tempestade passou pelo sul do continente africano no dia 21, ao atingir Madagascar. A primeira chegada a Moçambique foi em 24 de fevereiro. Após cruzar o Canal de Moçambique por três vezes, Freddy assola o país pela segunda vez.