Ministros e governo do Amazonas anunciam medidas para combater a seca
Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, 15 municípios estão em situação de emergência devido à seca que afeta o estado
atualizado
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O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), se reuniu, nesta terça-feira (26/9), em Brasília, com os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), e do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), para discutir medidas de enfrentamento à estiagem no estado. No encontro, foi anunciada a criação de uma força-tarefa com o governo federal para reforçar as ações realizadas para apoiar as 111 mil pessoas afetadas pela seca na região.
Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), 15 municípios amazonenses estão em situação de emergência.
A expectativa do governo do Amazonas é de que a estiagem afete a distribuição de água e de alimentos para, aproximadamente, 500 mil pessoas. Na Região Norte do país, o principal meio de transporte é via fluvial, e a falta de chuvas deve impactar a locomoção da população e a entrega de suprimentos de primeira necessidade.
O ministro Waldez Góes afirmou que, neste primeiro momento, o governo federal vai atuar na ajuda humanitária às pessoas afetadas. “Junto ao governo do estado do Amazonas e às prefeituras, vamos entregar alimento, água, kits de higiene, itens de saúde e tudo o que está relacionado à sobrevivência das pessoas. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha do Brasil vão apoiar toda a logística de entrega desses mantimentos”, informou.
O governador Wilson Lima ressaltou que a população deve precisar, durante a estiagem, de cerca de 300 mil cestas básicas.
Além da ajuda humanitária, o governo federal, por meio dos ministérios de Portos e Aeroportos e Transportes, anunciou R$ 141 milhões em obras de drenagem do Rio Solimões para atender a população local.
“Não são os rios inteiros que estão assoreados, impedindo a navegação. O que existe são pontos críticos, que precisam ser removidos para as embarcações passarem e garantir o escoamento da produção e a chegada de insumos”, afirmou Renan Filho, ministro dos Transportes.