Ministro de Lula diz que horário de verão “deve estar sempre na mesa”
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, defendeu a política do horário de verão para ser considerada em momentos futuros
atualizado
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta quarta-feira (16/10) que o governo considere a adoção do horário de verão em momentos futuros caso seja necessário. Apesar do anúncio de que não haverá necessidade do horário especial neste ano, ele não descartou avaliações futuras, inclusive para 2025.
“Ela [a política] deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, disse Silveira à imprensa, após anunciar que a área técnica avaliou que não há necessidade de decretação do horário especial em 2024.
“Hoje, chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão, para este período. Temos a segurança energética assegurada”, anunciou o ministro.
Silveira ainda afirmou que a decisão não é política, e sim técnica. “Tem que ter fundamentações técnicas”, defendeu.
Segundo ele, ao adotar a política, o Brasil levou em conta um condão energético, e não apenas um condão econômico, como ocorre em outros países. A política foi extinta em 2019, quando a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu encerrar a medida no país.
O ministro reconheceu divisão na sociedade entre quem é a favor e quem é contra. Ele afirmou que a adoção não é “imprescindível neste momento”.
“A política voltou a ser considerada no Brasil e não está descartada para períodos posteriores”, completou.
Para que serve o horário de verão?
O horário de verão tem como objetivo economizar o consumo de energia elétrica no chamado “horário de pico”, período em que as famílias retornam para casa.
Ao adiantar os ponteiros do relógio em algumas regiões, a população finaliza atividades diárias ainda com luz solar e evita acionar diversos equipamentos elétricos.
Essa prática é responsável por distensionar o Sistema Interligado Nacional (SIN), sistema que controla a produção e transmissão de energia elétrica em todo o Brasil.
Antes de ser extinto, o horário de verão vigorava entre outubro e fevereiro no Distrito Federal e nos seguintes estados:
- Espírito Santo;
- Goiás;
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Rio de Janeiro;
- Rio Grande do Sul;
- Santa Catarina; e
- São Paulo.