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Ministro pede para não se “demonizar” público do Bolsa Família em bets

Lula reuniu sete ministros, além de secretários de pastas envolvidas na regulamentação das bets, para tratar dos próximos passos

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Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias
1 de 1 Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (3/10), após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o mercado de apostas de quota fixa, as chamadas bets, que não é “razoável” demonizar o público do Bolsa Família.

“Não é razoável que a gente entre nessa de querer demonizar o público do Bolsa Família. Nós estamos tratando de um problema grave. O Brasil inteiro, e é disso que o presidente quer que possamos tratar”, disse Dias após a reunião, que contou com a presença dele e de mais seis ministros, além de secretários.

Dias informou que a ideia é não adotar medidas “discriminatórias” para esse público. “Nesse aspecto, medidas que são colocadas para o país, por exemplo, há aqui a proibição para o uso de cartões de crédito, que também atingem o público do Bolsa Família, que é pago hoje com cartão, mas não exclusivo, porque é para todos os brasileiros.”

O ministro da pasta responsável pela gestão do programa social salientou ainda que o objetivo das medidas é “coibir que se tenha a compra, o pagamento de jogos, com dinheiro de benefício”. “Dinheiro de benefício é para necessidades como alimentação e outras da população”, destacou.

Por sua vez, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, falou que o presidente Lula autorizou que sejam feitas restrições nos meios de pagamento nos próximos dias no universo de 190 empresas que deverão ser autorizadas a operar. Segundo ele, essas restrições poderão incluir o Bolsa Família.

“A preocupação de proteger Bolsa Família, que é a nossa principal, ela é atendida pelo bloqueio desses mais de 2 mil sites”, explicou Durigan.

Febraban defende limitar ou suspender temporariamente Pix para bets

Na semana que vem, o governo deverá divulgar a “lista negativa” de empresas irregulares, cujos endereços online deverão ser bloqueados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Lula falou em dívidas e vício

Em áudio de um trecho da reunião divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência, Lula disse que “tem muita gente se endividando” e há pessoas ficando “dependentes” e “viciadas” em jogos de apostas.

O objetivo do encontro era decidir próximas ações, como a possibilidade de impedimento de apostas de beneficiários do Programa Bolsa Família, bem como o eventual banimento de determinadas formas de pagamento. Também foram debatidos assuntos relacionados à dependência psicológica dos apostadores.

Veja os participantes da reunião sobre as bets com o presidente:

  • Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin;
  • Ministro da Casa Civil, Rui Costa;
  • Ministro da Fazenda, Fernando Haddad;
  • Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski;
  • Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias;
  • Ministra da Saúde, Nísia Trindade;
  • Ministro do Esporte, André Fufuca;
  • Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias;
  • Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan;
  • Secretário de Comunicação Institucional da Secom, Laércio Portela; e
  • Secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena.

Lista “positiva”

Na terça-feira (1º/10), o Ministério da Fazenda divulgou a lista “positiva” das bets, composta pelas empresas que pediram autorização do Brasil para explorar o mercado no Brasil.

Esse é um selo provisório por se tratar de um período de adequação concedido pelo governo federal para as companhias. A lista definitiva será feita no fim deste ano e, a partir de 1º de janeiro de 2025, apenas as marcas autorizadas poderão atuar no país.

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