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Guedes diz na Câmara que sistema previdenciário no Brasil é perverso

Visita dele estava marcada para o último dia 26, mas foi cancelada por não haver definição sobre relator

atualizado

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Guedes CAE
1 de 1 Guedes CAE - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ao iniciar a apresentação sobre o texto da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou que o sistema previdenciário brasileiro é “perverso” e uma “fábrica de desigualdades”. A audiência pública começou por volta das 14h desta quarta-feira (3/4).

“Financiar a aposentadoria do trabalhador idoso desempregando trabalhadores é, na minha opinião, uma forma perversa de financiar o sistema. Você cobrar encargos trabalhistas sobre a mão de obra, sobre a folha de pagamentos, é uma condenação”, declarou Guedes.

Antes mesmo de concluir a exposição de 20 minutos, houve contestações de deputados que discordaram das falas do ministro e aplausos dos que o apoiam. Ambas as manifestações foram advertidas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, explica a reforma da Previdência a parlamentares na CCJ da Câmara. Antes mesmo do início da fala do ministro, o clima começou a esquentar entre governistas e oposicionistas. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) reivindicou direito a tréplica às respostas de Guedes.

Outro petista, o deputado Paulo Teixeira (SP) informou ter apresentado um requerimento pedindo a declaração de Imposto de Renda do ministro, no entanto, as duas questões de ordem foram rejeitadas pelo presidente da comissão, Felipe Francishini (PSL-PR).

Guedes chegou acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o recebeu, primeiramente, no gabinete da Presidência da Casa. Maia não permaneceu na comissão, respeitando o colegiado, mas o gesto de acompanhar Guedes até o local significa um apoio à proposta apresentada pelo governo para a mudança nas regras da Previdência.

“Furo”
Após o “furo” que deu nos integrantes da CCJ no último dia 26, o ministro da Economia não deverá encontrar um ambiente dos mais amistosos para expor aos parlamentares os pontos caros ao governo Jair Bolsonaro em torno da mudança de regras na aposentadoria dos brasileiros. O grande desafio de Paulo Guedes, nesse tête-à-tête com os deputados é, longe de voar em céu de brigadeiro, não deixar o tempo fechar.

“O ministro Paulo Guedes tem dado demonstração de muita habilidade não só econômica mas também no campo político”, disse, nessa terça (2), o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da Maioria na Casa. Procurando esboçar otimismo, Ribeiro acrescentou que o chefe da área econômica de Bolsonaro tem sido o principal articulador da reforma e, nesta quarta, terá a oportunidade de estabelecer tal discussão com a Câmara.

“É um ambiente em que ele poderá mostrar aos parlamentares o que representa a reforma”, observou o líder. “A economia de R$ 1 trilhão, que o próprio ministro tem falado, e como se dará essa economia será um momento importante para a relação entre o Executivo e o Legislativo”, emendou.

Mas a verdade é que o clima na CCJ deverá mesmo ser de embate. Deputados de oposição já reservaram os primeiros questionamentos ao ministro. Por sua vez, o pavio curto de Guedes, demonstrado na audiência na comissão de mesmo nome do Senado Federal, no último dia 27, pode levá-lo a outros rompantes.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disparou nessa terça: “Não vou levar Maracugina para ele [Guedes] não”. Com a declaração, o deputado esquivou-se de acompanhar o ministro na CCJ e da tarefa de colocar panos quentes em possíveis confrontos entre o economista e os congressistas.

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