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Ministro não viu o agro em ato pró-Bolsonaro: “Todo mundo trabalhando”

“Não vi adesão nenhuma”, afirmou o ministro da Agricultura de Lula, Carlos Fávaro, sobre participação do agro em pró-Bolsonaro na Paulista

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Carlos Fávaro ministro da agricultura - Metrópoles
1 de 1 Carlos Fávaro ministro da agricultura - Metrópoles - Foto: Guilherme Martimon/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, avaliou nesta terça-feira (27/2) que não houve participação do agronegócio na manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, em São Paulo no último domingo (25/2).

O chefe da pasta afirmou que não viu adesão ao ato e que os produtores estavam mais preocupados em trabalhar devido ao período do ano.

“Não vi adesão nenhuma, acho que está todo mundo trabalhando, colhendo. Período de colheita aí, tava todo mundo na roça, na lavoura, não tava preocupado com esse tipo de manifestação, não”, declarou Carlos Fávaro.

O ministro destacou as ações do governo junto ao setor e criticou o que chamou de “retórica política eleitoral”, que colocaria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ameaça para os produtores.

“Inseriram na cabeça dos produtores que o presidente Lula era incerteza para o setor, que poderia taxar exportações, trazer insegurança jurídica no campo. Esqueceram que foi Lula governando nos governo 1 e 2”, pontuou. “Nada resiste ao trabalho, à transparência que Lula está tendo com o agro”, segui o ministro da Agricultura e Pecuária.

Medidas

Segundo Fávaro, o governo federal avalia apresentar uma proposta para contemplar produtores rurais que sofrem com problemas na safra devido a eventos climáticos. A medida deve ser anunciada em março.

“Está sendo estruturado com a Fazenda e o BNDES, e validado pelo presidente. A ideia é que antes do final da colheita seja anunciado”, destacou.

Reações à manifestação

O governo Lula tem evitado comentar a manifestação bolsonarista do fim de semana. O presidente foi questionado sobre o ato em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (26/2), mas não respondeu.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, foi evasivo e disse: “Quem tem que fazer avaliação são eles”.

Já o chefe da Casa Civil, Rui Costa, por sua vez, afirmou que, “diante do que tinham divulgado e da força que tiveram no passado”, não tem surpresa.

“Surpresa se refere apenas ao conteúdo, à confissão dos crimes praticados. O Brasil inteiro ficou surpreso. Pela primeira vez na história, pessoas que cometeram eventos criminosos chamam evento em praça pública e, na praça pública, em frente à multidão, confessam o crime e vão além disso. Pedem perdão, anistia pelos crimes cometidos”, disse Costa.

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