metropoles.com

Ministro Fux, do STF, suspende ações judiciais sobre tabela de frete

Magistrado atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União, que defendeu a necessidade de um entendimento único sobre o tema

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metropoles
caminhoneiros
1 de 1 caminhoneiros - Foto: Michael Melo/Metropoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspendeu a tramitação, na Justiça Federal, de ações que questionem a Medida Provisória (MP) nº 832/2018 – a qual instituiu a política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas. Segundo a AGU, atualmente existem 53 processos que tratam do tema em andamento nos tribunais federais do Brasil.

Ao determinar a suspensão das ações, o ministro afirma que é necessário “prover solução jurídica uniforme e estável quanto à higidez da Medida Provisória nº 832/2018”. Para o magistrado, os feitos que tramitam na primeira instância “podem gerar comandos conflitantes sobre a controvérsia posta na presente ação direta [em andamento no Supremo]”.

Fux designou ainda a realização de audiência para as 11h da próxima quarta-feira (20/6), em seu gabinete, com o objetivo de abrir uma negociação sobre o tema.

Foram intimados para o encontro a AGU, o ministro dos Transportes e o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de representantes da Associação do Transporte Rodoviário de Carga do Brasil (ATR Brasil), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A discussão está no STF em virtude de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI nº 5956) movida pela Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil. A entidade alega que o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para fretes afronta princípios constitucionais como o da livre iniciativa.

Pedido da AGU
A petição da Advocacia-Geral da União foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (14). No documento, a AGU lembra que as leis 9.868/1999 e 9.882/1999 preveem a suspensão da tramitação de processos envolvendo normas cuja constitucionalidade esteja sendo questionada no Supremo.

Segundo o órgão, a medida é necessária no caso da política de fretes porque “a estabilidade dos efeitos jurídicos” da MP 832/2018 é uma “relevante questão de ordem pública”, tendo em vista que a norma foi uma das iniciativas adotadas para atender reivindicação dos caminhoneiros “e colocar fim a paralisação que comprometeu a oferta de serviços públicos essenciais e causou graves prejuízos à sociedade brasileira”.

Insegurança jurídica
No texto, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, também ressalta que, desde a entrada em vigor da MP, diversas ações questionando a validade da norma foram propostas na Justiça Federal. Ela sustenta que decisões contraditórias sobre o assunto podem causar insegurança jurídica e afetar a capacidade do Estado brasileiro de atuar como mediador de um conflito social complexo.

Nesta quinta-feira (14/6), a Justiça Federal em São Paulo concedeu suspensão do cumprimento da tabela de frete mínimo a todas as entidades filiadas à Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ingressou no Supremo com ação direta de inconstitucionalidade contra o tabelamento. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por sua vez, comprometeu-se a enviar até esta sexta-feira (15) um parecer contrário à fixação de tabela para o frete no transporte de cargas.

“Nesse contexto, é imperioso que a jurisdição constitucional objetiva seja empregada para aplacar essa situação de instabilidade. Daí a importância dessa Suprema Corte, com fundamento no poder cautelar constante da legislação de regência, determinar a suspensão dos processos em andamento de modo a conferir, até deliberação definitiva, a segurança jurídica que a presente situação requer”, conclui a AGU na manifestação. (Com informações da assessoria da AGU)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?