Ministro do STJ vê “comunismo” na regra da fila de adoção. Vídeo
O ministro João Otávio de Noronha afirmou que a genitora deveria ser a responsável por escolher quem ficará com o filho, não o Estado
atualizado
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Em sessão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta terça-feira (9/4), o ministro João Otávio de Noronha disse que o fato de uma criança ir para um abrigo durante o processo de adoção seria “comunismo”. Ele também reforçou que a genitora deveria ser a responsável por escolher quem ficará com a tutela do filho, sem qualquer interferência do Estado.
“O Estado brasileiro é interessante, é ele que decide para onde vai a criança. O Estado. Não é a mais a mãe biológica […] não pode destinar um filho a quem ela entende confiar. Isso é comunismo, não é democracia. O Estado manda na pessoa, com a devida vênia. Isso para mim é algo insustentável”, afirmou o ministro durante a sessão.
Confira:
O ministro Marco Buzzi interrompeu o discurso de Noronha para informar que a lei de adoção passou pelo Congresso Nacional e é considerada “uma das principais políticas do poder Judiciário”, agindo contra a “compra e venda de crianças”.
Em resposta, Noronha disse: “Não importa, pois nem toda lei que passa no Congresso é constitucional”. Além disso, ele acrescentou que os possíveis casos de tráfico de crianças devem ser analisados individualmente.
“Não posso acreditar que abrigo é melhor que o lar. […] A política sacrifica o interesse do menor. Furar a fila fere interesse de quem está adotando, não do adotado”, afirmou o ministro.
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