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Ministro do STF recomenda obras sobre horrores da ditadura

Luís Roberto Barroso publica nas redes sociais suas tradicionais “Dicas da Semana”. Nos posts, sugere livros, músicas e pensamentos

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Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF
1 de 1 O ministro Luís Roberto Barroso, do STF - Foto: Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para sugerir leitura, pensamentos e música sobre os horrores vividos no Brasil no período da ditadura militar. No seu tradicional espaço chamado Dicas da Semana, Barroso propôs a seus seguidores que leiam o livro Memórias de uma guerra suja, de Cláudio Guerra, e escutem a música Meu caro amigo (a coisa aqui tá preta), de Chico Buarque.

Como pensamento sugerido, Barroso usou uma citação de Waan Oliver: “Os iguais se reconhecem e se atraem. Não dá para enganar a natureza”.

As dicas foram publicadas um dia depois que o presidente da República concedeu a um deputado, condenado por atos contra a democracia, o benefício de ter a pena extinta. Com a “graça” constitucional, Jair Bolsonaro (PL) afrontou uma decisão da Corte máxima brasileira e recolocou o risco de uma crise institucional grave no cenário.

O ministro Barroso, atacado nominalmente pelo parlamentar em suas declarações antidemocráticas, deu um dos 10 votos pela condenação de Daniel Silveira.

O livro Memórias de uma guerra suja traz as memórias do ex-delegado Cláudio Guerra. Ele tinha como função queimar os corpos de pessoas torturadas pelo DOI-Codi, o principal órgão de repressão da ditadura.

Guerra foi um dos responsáveis pelo desaparecimento político de presos na época da ditadura e narrou os fatos no livro. O ex-delegado foi beneficiado pela Lei de Anistia. Ele nunca foi punido pelos crimes cometidos.

Chico Buarque

A música Meu Caro Amigo, de Chico Buarque, por sua vez, é uma carta-cassete enviada para um amigo exilado em Lisboa que queria receber notícias do Brasil.

Como as cartas eram violadas, ele não conseguia mandar notícias. Fez então uma fita com a música, na qual critica a economia brasileira e a insatisfação do povo no contexto da ditadura militar.

“Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta. Muita careta pra engolir a transação. E a gente tá engolindo cada sapo no caminho”, diz trecho da canção.

O pensamento publicado por Barroso é uma ironia autoexplicativa: “Os iguais se reconhecem e se atraem. Não dá para enganar a natureza”.

As dicas da semana:

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