Ministro diz trabalhar para “retomar circulação de pessoas e veículos”
Marcelo Sampaio, titular da pasta da Infraestrutura, pediu que manifestantes liberem passagem de medicamentos, insumos, bens e combustíveis
atualizado
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O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, se pronunciou na noite desta terça-feira (1º/11) sobre os diversos bloqueios em rodovias feitos por caminhoneiros que não aceitam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Ao menos 187 pontos em todo o país continuam obstruídos de forma total ou parcial, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Dirijo-me a todos os manifestantes que realizam bloqueios em vias importantes para o país. Neste momento, solicito o apoio de vocês, que defendem bandeiras que eu defendo – ordem, respeito às leis, trabalho técnico e liberdade para todos -, no sentido de garantirmos a circulação em nossas rodovias de medicamentos, insumos, bens e combustíveis”, inicia o titular da pasta.
Sampaio destacou que o Ministério da Infraestrutura monitora a situação junto à PRF desde as primeiras notícias de manifestações e bloqueios. De acordo com o ministro, mais de 300 pontos de interdição teriam sido desativados desde o último domingo (30/10), quando começaram os protestos.
“Trabalhamos para que a livre circulação de pessoas e veículos seja retomada o quanto antes. Além de assegurar o direito de ir e vir de nossa população, é fundamental manter o funcionamento de serviços essenciais e o transporte rodoviário de cargas, de forma que não haja qualquer tipo de desabastecimento em nosso país”, finaliza o ministro.
Desobstrução das rodovias
A Justiça Federal determinou que os manifestantes liberem as rodovias federais em pelo pelo cinco estados ocupados por bolsonaristas. Entre eles estão Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Além disso, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, pediu o auxílio à Força Nacional de Segurança e solicitou aeronaves da Polícia Federal para garantir a liberação das rodovias federais ocupadas pelos manifestantes.
Nesta terça, em pronunciamento após a derrota nas Eleições 2022, o presidente Bolsonaro desaprovou atos de caminhoneiros que estão bloqueando rodovias em todo o país. O chefe do Executivo federal, no entanto, declarou que o movimento é “fruto da indignação e sentimentos de injustiça”.