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Ministro diz que não sabia de dados sobre desmatamento: “Irrelevante”

Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, defende-se da acusação de que o governo escondeu dados negativos antes da COP26

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Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite
1 de 1 Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Joaquim Leite, do Meio Ambiente, ficou contrariado com a acusação de que o governo teria escondido dados negativos sobre o avanço do desmatamento na Amazônia e que só os divulgou após o fim da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Em evento nesta segunda-feira (22/11) em que fez um balanço da participação brasileira na COP26, Leite chamou a demora de “irrelevante” em termos de debate na conferência.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicados na última quinta-feira (18/11) mostraram que o desmatamento na Amazônia nos últimos 12 meses foi o maior desde 2006. Com um total de 13,235 mil km² de floresta perdidos no último ano. A data registrada no documento – 27 de outubro – quatro dias antes do início da COP26, indicou que o governo resolveu represar a informação.

“Eu tive a informação no dia que vocês [jornalistas] tiveram. O que aconteceu foi que os dados do Deter no mesmo período, de agosto a julho, anunciados pelo vice-presidente Mourão no meio de agosto, indicavam uma redução nesse período de 5%. O mesmo período que foi anunciado pelo Prodes [do Inpe] veio com 22% a mais. Essa diferença… deve ter sido por causa dessa diferença que o Inpe teve a cautela de revisar talvez esses dados e divulgou no dia 18″, argumentou o ministro.

Leite disse que a negociação durante a conferência não aponta as vulnerabilidades de um país. No Brasil, segundo ele, a fragilidade é o desmatamento ilegal, o que representa número muito baixo em relação às emissões totais. E esse era o grande tema da conferência do clima.

“Então, dentro de uma conferência e de um consenso mundial, em nenhum momento um país ia apontar as fragilidades do outro, pois estamos buscando consenso multilateral num tema muito complexo, que é reduzir as emissões globais de combustíveis fósseis, e isso pode afetar várias economias. Ali não era o momento de apontar fragilidades, então, seria irrelevante informar esse número antes ou depois”, completou Leite.

Ele esteve ao lado dos ministros Carlos França, das Relações Exteriores, e Tereza Cristina, da Agricultura, em coletiva nesta segunda.

No evento, Leite admitiu que o avanço do desmatamento é uma fragilidade do Brasil, mas reafirmou o compromisso do país de erradicar o problema até 2028, dois anos antes do compromisso feito na COP26. Segundo ele, a resiliência dos crimes ambientais no Brasil “é inaceitável“.

“Vamos fazer, diante dos números inaceitáveis do desmatamento divulgados na semana passada, junto com o ministro Anderson, da Justiça, ações coordenadas para combater o desmatamento. Ibama, Icmbio, Força Nacional, e Polícia Federal vão atuar de forma contundente”, prometeu o ministro em evento no Itamaraty nesta segunda.

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