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Ministro diz que invasão do MST na Embrapa foi motivada por “ansiedade”

Ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) afirmou que providências estão sendo tomadas após negociações com o MST

atualizado

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Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto
Ministro Militar A CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) vai votar nesta terça-feira (01/08) a convocação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ele já havia sido convidado para comparecer em 10 de agosto, mas devido à recente ocupação do MST na sede do Incra em Pernambuco, os deputados consideraram melhor convocá-lo.
1 de 1 Ministro Militar A CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) vai votar nesta terça-feira (01/08) a convocação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ele já havia sido convidado para comparecer em 10 de agosto, mas devido à recente ocupação do MST na sede do Incra em Pernambuco, os deputados consideraram melhor convocá-lo. - Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (2/8) que a invasão mais recente de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) à sede da Embrapa em Petrolina (PE) foi motivada por “ansiedade”. Segundo o titular da pasta, as negociações com lideranças do movimento estão indo muito bem, inclusive, com rapidez atípica às ações do poder público.

Antes, Teixeira já havia minimizado a ação do MST. Procurado pela coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles, o ministro, que é filiado ao PT, refutou que a ação tenha sido uma invasão. “Não foi invasão. Foi um protesto”, afirmou.

“Tem uma agenda do MST com o Incra que vem de abril para cá, está indo muito bem. Mas eles ficaram ansiosos, fizeram aquele protesto e já saíram imediatamente”, ressaltou Teixeira em conversa com jornalistas, antes de reunião no Palácio do Planalto.

“O mundo caminha, a ansiedade deles baixou porque foram prestadas contas de todos os procedimentos, todas as providências que precisavam ser adotadas”, prosseguiu.

Na última segunda (31/7), cerca de 1.550 integrantes do MST ocuparam a área da Embrapa de Petrolina, no sertão de Pernambuco. O movimento cobrou ações concretas do Executivo na implementação da reforma agrária.

Horas depois, eles deixaram o local, após acordo com o governo federal. Segundo o grupo, a desocupação do local aconteceu depois que a gestão Lula prometeu assentar as famílias do MST.

No mesmo dia, Teixeira afirmou à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, que tratava-se de um “protesto“, não invasão.

O ministro do Desenvolvimento Agrário explicou ainda que não chegou a se reunir com lideranças do MST, e sim membros da equipe dele. “Eu achei desnecessário  fazer essa reunião pela ansiedade, minha equipe que a fez”, esclareceu.

“Eles prestaram contas e mostraram o quão rápido as coisas estão andando. As providências andaram numa rapidez que não é própria do poder público. As coisas estão indo bem.”

Ação na sede da Embrapa

Na invasão, os integrantes do MST tomaram a estrutura do “Semiárido Show”. Trata-se de feira de tecnologia para agricultores familiares da região que ocorreria da terça-feira (1º/8) a sexta-feira (4/8).

O local ocupado pelos integrantes do movimento é conhecido como “Embrapa Semente Básica” e auxiliava no comércio de sementes e mudas básicas até 2019.

O MST acusa o governo Lula de descumprir os acordos firmados após a invasão das mesmas terras, em abril, durante a Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, conhecida como “Abril Vermelho”.

“O MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) rompeu com todos os acordos e tenta fazer o seminário Show sem cumprir nada do que foi acordado para resolver a questão das famílias acampadas. Não queremos atrapalhar o Seminário Show, mas, ao mesmo tempo, não vamos permitir que seja realizado se não for cumprido o mínimo do mínimo, para que a gente possa organizar as coisas e as famílias no mínimo puder ser assentadas”, afirmou o movimento em comunicado.

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