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Ministro diz que arroz subiu 40% após enchentes: “Ataque especulativo”

“Se isso não é ataque especulativo, o que é, então?”, questiona ministro da Agricultura sobre aumento de até 40% do preço do arroz

atualizado

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Renato Araujo/Câmara dos Deputados
Neri Geller e Carlos Fávaro leilão arroz
1 de 1 Neri Geller e Carlos Fávaro leilão arroz - Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, defendeu o leilão público para a compra de arroz importado, citando um “ataque especulativo” após a crise das enchentes no Rio Grande do Sul. Ele afirmou que a suspensão foi uma “prevenção”. Fávaro respondeu aos questionamentos de deputados em sessão na Câmara nesta quarta-feira (19/6).

“Por que o arroz subiu 30%, 40%? Por que, ao tentarmos comprar naquele momento de dificuldade logística do Rio Grande do Sul, tentarmos comprar 100 mil toneladas do Mercosul, sem ainda tirar a taxa de importação? Em quatro dias, o valor disponível para comprar 100 mil toneladas se dava suficiente para comprar só 70 mil toneladas. Se isso não é ataque especulativo, o que é, então?”, questionou.

Deputados da oposição afirmaram que o governo estava prejudicando os produtores locais, mas Fávaro argumentou que “não se trata de afrontar os produtores”, porque não são eles que promovem o ataque especulativo. “Eu nunca vi um produtor colocar preço no arroz. O fato real é: o arroz sobe diante da tragédia 30%, 40%, tendo arroz disponível.”

O ministro alegou que a pasta promoveu ações das quais o último governo também recorreu, em 2020. “O governo (de Jair) Bolsonaro tomou as mesmas atitudes que tomamos. Tirou a taxa de importação de 12% e foi importar 400 mil toneladas de arroz. O mesmo arroz que está sendo importado. Então, se desmistifica falar que vai vir arroz contaminado. Vamos à realidade dos fatos”, destacou.

Polêmico leilão

A polêmica começou após o governo federal anunciar a compra de mais de 100 mil toneladas de arroz importado, para combater a alta nos preços causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O leilão acabou anulado na semana passada, após indícios de “incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras”. Para o ministro, a anulação foi uma prevenção.

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