Ministro descarta horário de verão: “Não há sinal nesse sentido”
Segundo ministro de Minas e Energia, horário de verão só voltará se houver necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico
atualizado
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reiterou que não há possibilidade de retorno do horário de verão em 2023, pelo menos por enquanto. Segundo o titular da pasta, a retomada do mecanismo só será prevista em caso de necessidade de “segurança do suprimento do setor elétrico brasileiro”, o que não é o cenário neste momento.
“O horário de verão só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não tem sinais nenhum nesse sentido”, declarou Silveira, nesta quarta-feira (27/9), no Palácio do Planalto.
“Nós estamos com os nossos reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”, seguiu.
O ministro está no Planalto, nesta quarta-feira (27/9), para a cerimônia de assinatura dos contratos de concessão decorrentes do primeiro Leilão de Linhas de Transmissão de 2023, realizado em junho. Segundo o governo, a previsão de investimentos na área é de R$ 15,7 bilhões.
Silveira reafirmou a estabilidade do setor de abastecimento em território brasileiro. “Existe uma questão grave pluviométrica no Norte do país que causa impactos sociais gravíssimos, em especial, nos municípios do Amazonas. Mas, com relação ao setor elétrico, nós continuamos estáveis”.
O horário de verão foi suspenso em decreto assinado pelo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. A área técnica do Ministério de Minas e Energia defende que não há necessidade de volta do artifício, mas a decisão cabe ao presidente da República.
Segundo a pasta, o mecanismo era voltado para a redução do consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora.
No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo da população, o que fez o horário de verão deixar de produzir resultados.