Ministro de Minas e Energia elogiou manuseio perigoso de combustível
Sachsida mandou um “abraço” para um senhor que aparece em vídeo derramando gasolina em posto de combustível
atualizado
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Em uma publicação nas redes sociais, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, mandou um “abraço” a um senhor que apareceu derramando gasolina em um posto de combustíveis. A conduta, altamente perigosa, poderia causar uma tragédia.
Exaltado e gritando, um senhor não identificado abastece o carro em um posto de gasolina. Em determinado momento, ele toma a mangueira de gasolina da mão do frentista e começa a derramar o líquido inflamável no chão e no próprio carro.
“Enche essa porra aí, a gasolina abaixou. É Bolsonaro!”, grita o homem. O frentista tenta conter o senhor, mas é afastado por ele. Sachsida, por sua vez, disse que “é bom demais ver a alegria do brasileiro”. E ainda o mandou um abraço.
Veja a publicação:
Bom demais ver a alegria do brasileiro com a queda do preço da gasolina. Deixo meu abraço a esse brasileiro que não conheço mas que alegrou meu dia com sua alegria e bom humor!!! Boa sexta-feira a todos, fiquem com Deus. pic.twitter.com/z4dCpQZ2tQ
— Adolfo Sachsida (@ASachsida) July 8, 2022
A conduta do homem apresenta uma série de irregularidades, uma vez que é proibido por lei que os próprios cidadãos manuseiem as bombas de combustível. Em alguns estados do Brasil também é proibido por lei o abastecimento “até a boca” do tanque, outra atitude observada no vídeo.
O objetivo da norma de enchimento até o “automático” é preservar a saúde e o meio ambiente da contaminação pelo benzeno e outros gases nocivos que compõem a gasolina. O composto é altamente inflamável, e tem o ponto de fulgor igual a 70 °C.
Postura “absurda”
Para Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis do Distrito Federal, a postura do homem é “absurda, criminosa e arriscada ao empreendimento”. “Ele colocou em risco os funcionários, o frentista, que jamais poderia ter deixado acontecer. A legislação da ANP não permite o abastecimento acima do nível do tanque cheio”, pontua.
“Os postos de combustíveis são tratados como ‘de alta periculosidade’ e o que esse cliente fez foi de extremo perigo. Um homem como o ministro de Minas e Energia, na posição em que ele está, jamais pode aplaudir uma atitude criminosa dessa. Jamais se deve aplaudir uma atitude criminosa que pode por em risco várias pessoas”, disse Tavares.
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