Ministro de Minas e Energia: Brasil não pode mais ficar refém da Opep
Ministro de Minas e Energia defende que o Brasil ocupe papel estratégico na produção mundial de petróleo para reduzir força da Opep
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), defendeu, nesta segunda-feira (3/4), que o Brasil deve procurar ocupar um papel estratégico para diminuir a dependência da importação de derivados de petróleo. Para o chefe da pasta, o país não pode ficar “refém” das decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O ministro de Minas e Energia faz referência ao comunicado da Opep para reduzir em um milhão de barris a produção de petróleo para forçar um aumento no preço do produto no mercado internacional.
Os países membros da Opep, responsável por metade do petróleo do mundo, irão se reunir apenas em junho, mas decidiram antecipar a decisão. O Ministério de Energia da Arábia Saudita, maior exportador do combustível fóssil, declarou que a medida tem como objetivo ajudar a estabilizar o mercado.
Após a divulgação da medida, o petróleo Brent teve alta de 5,71% e chegou a ser cotado a US$ 84,45 (R$ 429), no início desta segunda-feira.
Veja o tuíte do ministro:
O Brasil não pode mais ficar refém das decisões arbitrárias da OPEP de limitar a produção de petróleo. Devemos ocupar o papel estratégico que cabe ao nosso país, reduzindo o poder desses grandes produtores de influenciar, com tanta força, o mercado internacional. (1/3)
— Alexandre Silveira (@asilveiramg) April 3, 2023
Para Alexandre Silveira, o Brasil poderá aumentar, nos próximos anos, a produção de petróleo com a exploração de novas fronteiras, incluindo a Margem Equatorial, local de exploração em águas profundas entre o litoral do Amapá e o Rio Grande do Norte.
“É prioridade para o governo do presidente Lula investir na modernização e ampliação do nosso parque de refino e fomentar ainda mais a utilização de biocombustíveis. Com isso, vamos diminuir drasticamente a dependência internacional dos derivados de petróleo”, ressaltou Alexandre Silveira.