Ministro de Lula sobre cortes no Orçamento: “Vão prejudicar bastante”
O ministro Luiz Marinho, do Trabalho, afirmou que ainda não sabe quanto será cortado de sua pasta. Os detalhes serão divulgados nesta terça
atualizado
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, na tarde desta terça-feira (30/7), que o corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 vai prejudicar “bastante as ações dos ministérios na ponta”.
“Não sabemos ainda [quanto será cortado do Ministério do Trabalho e Emprego]. O anúncio está feito de corte. Eu acho que esses cortes vão prejudicar bastante as ações dos ministérios na ponta. Mas é da vida”, disse o ministro a jornalistas.
A declaração foi dada durante entrevista coletiva para detalhar os dados do primeiro semestre do mercado de trabalho presentes no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O país fechou a primeira metade do ano com saldo positivo de 1,3 milhão de empregos formais.
Os cortes no Orçamento
Em 22 de julho, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detalhou a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, sendo R$ 11,2 bilhões de bloqueio e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento.
Há a expectativa de que o detalhamento do congelamento, por órgão, seja divulgado no fim da tarde desta terça-feira, em anexo ao Decreto de Programação Orçamentária e Financeira.
Após a publicação do decreto no Diário Oficial da União (DOU), os órgãos terão cinco dias úteis para indicar as programações a serem bloqueadas ou contingenciadas. Desta forma, ainda não é possível saber as áreas e os ministérios mais afetados pelo corte de gastos.
Pacto fiscal vai ser cumprido, garante ministro
“Você tem um impacto para o mercado que foi feito, sem entrar no mérito se foi certo ou se foi errado. Mas o pacto foi feito, tem que cumprir o pacto. Pactos foram feitos para serem cumpridos”, frisou Luiz Marinho.
Para o ministro do Trabalho, o governo Lula está dando uma “freada mais brusca” no Orçamento para cumprir o pacto de responsabilidade fiscal com o mercado.
“Estamos dando uma freada brusca no orçamento porque tem um pacto fiscal com o mercado, e o mercado cobra”, analisou. “Não é chororô de ministério. Então, só dizendo. Se tivéssemos feito um pacto para 10 anos, era melhor do que em quatro [anos]”, completou.
“Mas está feito [o corte de R$ 15 bilhões no Orçamento], vamos cumprir”, garantiu o ministro.