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Ministro de Lula diz que precisa de petróleo para financiar transição

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, voltou a defender exploração de petróleo no litoral da Amazônia

atualizado

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou “celeridade” do Ibama na avaliação da revisão que a Petrobras pediu na decisão de vetar estudos sobre a viabilidade de exploração de petróleo na margem equatorial, litoral amazônico. Logo após evento no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou ações para elevar o uso de combustíveis sustentáveis, como o etanol, na economia brasileira, Silveira disse que o país precisa do petróleo para financiar essa transição energética.

“Queremos fazer a transição energética, mas o povo brasileiro não pode pagar essa conta. O mundo infelizmente ainda é dependente de petróleo e gás e a margem equatorial talvez seja a última fronteira de exploração para o Brasil”, disse Silveira, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (14/9).

O Ibama negou, em maio deste ano, pedido da Petrobras para estudar a viabilidade de poços na chamada margem equatorial, que fica em alto mar, no litoral do Amapá. Desde então, a ministra Marina Silva, de Meio Ambiente, tem sofrido pressão de Silveira e mesmo de Lula para não dificultar uma revisão da decisão – mas tem se mantido resistente.

Sabendo dessa resistência, Silveira citou “quase unanimidade” no governo na decisão de aliar exploração de petróleo e transição energética.

Silveira disse, nesta quinta, que o Brasil tem grande potencial para transformar a transição enérgica na grande força motriz da economia “a médio prazo”.

“Hoje temos que falar no que é importante para o país, que é se desenvolver gerando emprego e renda, combatendo as desigualdades. E os royalties de petróleo e gás são fontes de financiamento de políticas públicas”, disse o ministro de Minas e Energia.

“Queremos sair dessa dependência num futuro breve”, prometeu ele, “mas o petróleo ainda é uma necessidade, uma realidade, inclusive para financiar a transição energética”, completou ele, que foi escalado pelo governo para falar com jornalistas após o evento sobre a transição energética.

Marina Silva, por outro lado, não discursou no evento e nem falou com jornalistas.

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