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Ministro de Lula diz que pedido de desculpa do Carrefour encerra crise

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro disse que, agora, “quem ofender a qualidade dos produtos brasileiros terá resposta à altura”

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura - Foto: Divulgação/MAPA

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta terça-feira (26/11), que o pedido de desculpas feito pelo presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, coloca um ponto final no episódio envolvendo críticas à carne brasileira.

Carlos Fávaro chegou a dizer que “quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros terá resposta à altura”, em alusão ao que a rede de supermercados sofreu.

Depois de ter classificado a declaração de Bompard como “infeliz”, o ministro afirmou que o presidente da rede de supermercados conseguiu se retratar no ponto mais importante, a qualidade da carne brasileira.

“Eu acho que ele [presidente do Carrefour] se retratou no ponto mais importante, ao reconhecer que o Brasil cumpre as normas. Esse é o ponto: o Brasil cumpre as normas, tem sabor, produtos de qualidade”, disse Favaro

O chefe da pasta da Agricultura disse que “o Carrefour é uma empresa muito importante para o Brasil, com 130 mil colaboradores e diversas lojas que atendem nossos consumidores. Portanto, a gente precisa separar isso, dizer que foi uma atitude tempestiva do presidente global do Carrefour, mas que foi corrigida em tempo e agora é vida que segue”.

Segundo Fávaro, a importância do papel da Associação Brasileira da Indústria da Carne (Abiec), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de outras entidades deve ser enaltecida, já que as associações foram “altivas e eficientes” na defesa da reputação dos produtos brasileiros.

O ministro reforçou que o Brasil tem compromisso com a qualidade e a sustentabilidade de sua produção agropecuária.

“O Brasil tem responsabilidade com os produtos que produzimos. Nossos empresários trabalham com muita dedicação e qualidade, o que nos torna líderes mundiais no fornecimento de carne bovina, suína, aves, arroz, feijão, soja, entre outros”, afirmou Fávaro.

Segundo o ministro, críticas infundadas aos produtos brasileiros não serão toleradas.

“Estamos abertos ao diálogo, mas não admitiremos que deturpem a qualidade dos nossos produtos. Quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros terá resposta à altura, como o Carrefour francês tomou.”

Carlos Fávaro afirmou acreditar que as declarações de Bompard podem estar ligadas a tentativa de enfraquecer o acordo Mercosul-União Europeia, uma vez que a França é contrária ao trato. Ele destacou que “o Brasil está comprometido e não permitirá que se questione a qualidade dos produtos brasileiros para desviar o foco”.

“O Brasil tem tradição de boas práticas ambientais, sociais e sanitárias. Ninguém no mundo tem a qualidade sanitária melhor do que o Brasil. Eu posso provar isso. O vírus da gripe aviária está circulando no mundo há mais de 15 anos e tem dois países do mundo em que a gripe aviária não entrou nos plantéis comerciais. Um deles é o Brasil”, concluiu o ministro da Agricultura.

Entenda a polêmica

A polêmica começou após o CEO do Carrefour da França, Alexandre Bompard, anunciar, na quarta-feira da semana passada (20/11), que enviaria carta ao sindicato agrícola francês FNSEA informando que não mais adquiriria proteína animal de países do Mercosul.

O gesto do presidente da rede veio no contexto de um grande número de protestos na França contra a assinatura do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. Os produtores do país europeu são contra o texto porque temem que a concorrência seja uma ameaça aos produtos locais.

As reações começaram ainda na quarta. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) lamentou a suspensão da compra dos produtos do Mercosul e afirmou que não enxergava razões para a decisão do Carrefour francês.

No fim da semana passada, frigoríficos brasileiros anunciaram a suspensão do fornecimento de carne às lojas do Carrefour no Brasil. Nesta segunda-feira (25/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou sobre o assunto. Ele disse não enxergar razões para a medida do Carrefour.

“Eu não vou ficar comentando a atitude de empresa, mas, enfim, houve uma reação justificável a esse tipo de declaração. Uma empresa que está instalada no Brasil… Não faz muito sentido (suspender a compra da carne)”, afirmou o ministro.

O Carrefour se defendeu ao dizer que não questionava a qualidade dos produtos do bloco. “Em nenhum momento se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em contexto de crise”, comunicou a empresa.

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