Ministro de Lula condena Dia do Patriota no RS: “Dia do golpista”
Ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, diz esperar que o STF derrube decisão de Porto Alegre, que cria a data em 8 de janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, condenou a lei da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS) que estabelece o 8 de janeiro como Dia Municipal do Patriota. Em publicação nas redes sociais, nesta sexta-feira (25/8), o titular da pasta defendeu que a data deveria ser marcada como “o dia do golpista” ou da “tentativa de criar uma ditadura”.
O presidente da Câmara de Porto Alegre, o vereador Hamilton Sossmeier (PTB), promulgou, em 7 de agosto, a lei que estabelece 8 de janeiro como o Dia Municipal do Patriota no calendário dos cidadãos da capital gaúcha.
A data escolhida para comemorar o Dia do Patriota é o dia que entrou para história do país devido aos atos antidemocráticos à sede dos Três Poderes, organizados por golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Veja o post de Teixeira:
Dia do Patriota
De autoria do então vereador Alexandre Bobadra (PL) — o político bolsonarista teve a candidatura cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação —, o projeto de lei foi proposto em 15 de março deste ano.
Tal medida poderia ter sido vetada pelo prefeito Sebastião Melo (MDB). No entanto, a ausência do chefe do Executivo fez o texto retornar ao Legislativo, onde foi promulgado por Sossmeier em 10 de julho e se transformou na Lei nº 13.530.
Agora, o novo “feriado” entra no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre. A primeira comemoração ocorre em 2024, quando os atos golpistas de 8 de janeiro completam um ano.
Atos antidemocráticos
Em 8 de janeiro de 2023, os prédios dos Três Poderes foram alvo de atos antidemocráticos quando um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contestavam os resultados das eleições presidenciais de 2022.
Até o momento, Supremo Tribunal Federal (STF) considerou mais de 1,2 mil réus do total de 1.390 participantes dos atos golpistas.
Os atos antidemocráticos de 8 de janeiro também são alvo de investigações na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).