Ministro de Energia defende “mão forte do Estado” no preço da gasolina
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, também voltou a defender a exploração de petróleo na Foz do Amazonas
atualizado
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), defendeu, nesta sexta-feira (29/9), a “mão forte do Estado” para impedir alta nos preços da energia elétrica e dos combustíveis . A fala de Silveira ocorreu durante a posse do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado.
“Eu defendo que setores estratégicos do país têm de ter mão forte do Estado para garantir ao povo brasileiro dignidade, com menores preços de energia elétrica e combustíveis”, disse o ministro.
Silveira acrescentou que a Petrobras não pode ficar “em uma camisa de força do preço internacional” do petróleo e que a gestão de Jean Paul Prates, presidente da estatal, tem trabalhado em uma política pública para conter o aumento dos combustíveis.
O ministro de Minas e Energia criticou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e destacou a necessidade de estabelecer um diálogo com os maiores exportadores de petróleo.
“Eu acho que nós temos de estar mais próximos da Opep para que ela não faça cortes tão bruscos, como tem feito na Arábia Saudita, na oferta de barril de petróleo para o mercado internacional”, destacou Silveira.
Foz do Amazonas
Alexandre Silveira também voltou a defender a exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas. O ministro ressaltou que o Brasil ainda precisa de combustíveis fósseis e espera que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), tenha bom senso sobre o entendimento para liberar a exploração.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o primeiro pedido apresentado pela Petrobras para exploração na Foz do Amazonas. A empresa deseja perfurar no bloco FZA-M-59, localizado a 175 km da costa do Oiapoque, no Amapá.
A ministra Marina Silva apoiou a decisão técnica do Ibama e afirmou que o órgão tem total liberdade para deliberar sobre a liberação ou não de exploração na Foz do Amazonas.