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Ministro de Bolsonaro sobre união com petista na Bahia: “Profissional”

João Roma, ministro da Cidadania, e Rui Costa (PT-BA), governador da Bahia, reúnem esforços em apoio à população desabrigada após calamidade

atualizado

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Ministério da Cidadania/Divulgação
Fotografia colorida de João Roma, ministro da Cidadania
1 de 1 Fotografia colorida de João Roma, ministro da Cidadania - Foto: Ministério da Cidadania/Divulgação

O ministro da Cidadania, João Roma, afirmou, neste domingo (26/12), que a relação com o governador da Bahia, o petista Rui Costa, tem sido “civilizada”. Os gestores trabalham, em conjunto, para auxiliar as mais de 400 mil pessoas atingidas pelas tempestades no sul do estado.

Em entrevista coletiva na cidade de Ilhéus, Roma afirmou que a relação com o rival político não é próxima, mas que a população precisa de socorro neste momento.

“Fica claro que existem posições políticas distintas. Longe de ser qualquer aproximação, mas esse é o momento em que a população pede socorro. Quem pede socorro não quer saber de onde está vindo o socorro. E é fundamental que haja essa cooperação, esse trato profissional”, ressaltou o ministro.

Veja imagens dos estragos causados pelas chuvas na Bahia:

 

A cooperação entre governos estaduais e federal se tornou exceção em tempos de acirramento da polarização política no Brasil, mas o drama baiano convenceu o governador petista Rui Costa e o ministro João Roma (que é do Republicanos e pretende se candidatar justamente ao governo da Bahia no ano que vem) a trabalharem juntos.

Uma frase do petista, dizendo que “o momento é de solidariedade e de trabalho” e que “as diferenças políticas precisam ser deixadas de lado”, está publicada em um site do governo federal. Os dois alinharam, junto a outros ministros de Bolsonaro, como Marcelo Queiroga (Saúde) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), respostas para os afetados.

Segundo João Roma, o governo federal já alocou mais de R$ 20 milhões em recursos para auxiliar prefeituras da região e a gestão estadual no atendimento à população. Ele informou que equipes estão instaladas na região desde o dia 28 de novembro.

Além disso, nesta segunda-feira (27/12), 90 médicos, cedidos pelo Ministério da Saúde, devem chegar até a região.

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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos
O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo
O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical
A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima
Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical
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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos

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O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo

Igo Estrela/Metrópoles
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O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical

Fernando Frazão/Agência Brasil
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A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima

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Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical

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Na Bahia, o sul foi a região que teve chuvas mais volumosas

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No dia 9 de dezembro, o governo do estado decretou situação de emergência para 24 cidades. O objetivo é mobilizar todo o aparato público para apoiar as ações de socorro à população

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Em alguns municípios, foram registradas inundações e as pessoas tiveram que deixar suas casas

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Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram cidades totalmente inundadas

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As mais atingidas foram Jucuruçu e Itamaraju, que ficam no sul do estado

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De acordo com Rui Costa (PT), governador da Bahia, os dois municípios "estão praticamente embaixo d'água"

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Autoridades orientam que os moradores dos locais afetados se abriguem em áreas mais altas e solicitem ajuda

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Segundo a Defesa Civil da Bahia, os temporais deixaram 26 mortos e pelo menos 60 mil pessoas desabrigadas

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Tragédia

Já são 18 mortos e mais de 200 feridos, além de 11,2 mil pessoas desalojadas e 4,2 mil desabrigadas, no sul da Bahia. O governo do estado decretou estado de emergência em 72 cidades, como Ilhéus, Porto Seguro, Prado, Vitória da Conquista e Itambé.

Moradores do sul da Bahia enfrentam, desde novembro, chuvas muito fortes. O tempo até havia melhorado nas últimas semanas, mas voltou a fechar neste Natal, causando uma situação de calamidade que levou ferrenhos adversários políticos a sentar na mesma mesa (ainda que de forma virtual) para buscar soluções emergenciais.

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