Ministro da Defesa de Bolsonaro marca cerimônia de despedida do cargo
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os demais chefes das Forças Armadas são pressionados a contestar o resultado das urnas
atualizado
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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, marcou a cerimônia de despedida do cargo para o dia 29 de dezembro, dois dias antes do fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL),
Nogueira e os comandantes das Forças Armadas, Exército, Aeronáutica e Marinha, são cobrados por bolsonaristas para contestar o resultado das urnas eletrônicas que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 60,3 milhões de votos contra 58,2 milhões de Bolsonaro.
Acampados em frente aos quartéis do Exército em todo o país desde o resultado do segundo turno, bolsonaristas pedem que as Forças Armadas promovam uma intervenção militar para que Lula não assuma o cargo.
Paulo Sérgio assumiu o comando do Exército em março de 2021 após suceder o general Walter Souza Braga Netto, que deixou o cargo para disputar as eleições como vice-presidente do atual mandatário e candidato à reeleição.
Ameaça de bombas
Nas vésperas para a cerimônia de posse do presidente eleito Lula, um apoiador do atual chefe do Executivo planejou um atentado terrorista em Brasília para impedir o evento marcado para o dia 1º de janeiro.
George Washignton de Oliveira Sousa, de 54 anos, confessou à Polícia Civil do Distrito Federal que planejava distribuir armas de fogo para grupos bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército.
“A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, alegou, em depoimento à Polícia Civil.