Ministro da Casa Civil se reúne com Múcio e comandantes das Forças
Reunião ocorre na sede do Ministério da Defesa, nesta terça-feira (17/1), como forma de aproximação com o comando militar
atualizado
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reúne, nesta terça-feira (17/1), na sede do Ministério da Defesa, com o ministro José Múcio e os comandantes das três Forças Armadas — general Júlio Cesar de Arruda (Exército), almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica). Também participa o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire.
A reunião-almoço não contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deverá se encontrar com os comandantes ainda nesta semana. A ida de Costa, um dos principais auxiliares do petista, à Defesa é uma tentativa de aproximação com o comando militar.
Na última quinta-feira (12/1), Lula disse estar convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi “aberta por alguém de dentro”, no dia 8 de janeiro, quando terroristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele disse ainda que teve muita Polícia Militar e Forças Armadas “coniventes”.
Após os atos de 8 de janeiro, Lula garantiu que o titular da Defesa continua no cargo, apesar da pressão pela saída do recém-nomeado.
“Quem coloca ministro e tira ministro é o presidente da República. O José Múcio fui eu que o trouxe para cá. Ele vai continuar sendo o meu ministro, porque eu confio nele. É um companheiro da minha relação histórica. Tenho o mais profundo respeito por ele, ele vai continuar. Se eu tiver que tirar cada ministro cada hora que ele comete um erro vai ser a maior rotatividade de mão de obra da história do Brasil”, afirmou Lula em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
“O José Múcio vai continuar”, concluiu o presidente, citando especulação sobre eventual exoneração.
Após as invasões golpistas às sedes dos Três Poderes, líderes petistas passaram a pressionar Lula a retirar Múcio do Ministério, sob o argumento de que ele teria sido “conivente” com os golpistas.
Petistas lembram que antes das invasões Múcio era contra a retirada à força dos bolsonaristas das portas dos quartéis. O ministro dizia que os acampamentos eram democráticos e previa que os golpistas deixariam os locais de forma voluntária.