Ministra lista áreas com maior demanda por vagas no Enem dos Concursos
Segundo a ministra, é “difícil dizer qual” área da administração pública está em situação pior. Concurso unificado terá 6,4 mil vagas
atualizado
Compartilhar notícia
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, frisou a necessidade de recomposição das vagas da administração federal, e lembrou os órgãos com maior demanda por novos servidores durante o evento de lançamento dos editais do Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos Concursos”, nesta quarta-feira (10/1).
Segundo a ministra, ao ser questionada sobre as áreas com maior necessidade de vagas, ela sempre teve dificuldade em definir qual área era “pior”, porque a precariedade nos serviços públicos causada pelos cargos em vacância era muito grande.
“A gente está realmente fazendo um processo de recomposição da força de trabalho. Desde o início, vocês me perguntam qual era a área pior, e eu não consigo definir, porque a gente tinha uma precariedade muito grande em muitas áreas de falta de pessoas para poder realmente fazer as políticas públicas”, declarou a ministra.
Esther Dweck, no entanto, citou exemplos de pastas com muita demanda por novos servidores. Entre elas, Direitos Humanos e Cidadania, Mulheres, Povos Indígenas – com foco na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – além das pastas do Trabalho e Previdência e Justiça e Segurança Pública.
“O Ministério dos Direitos Humanos tinha perdido muita gente, porque pessoas que trabalhavam nessa área discordavam com políticas anteriores, na área de Mulheres, na área de Igualdade Racial. Não preciso nem dizer dos Povos Indígenas, que obviamente tem a Funai, mas a Funai também estava muito desestruturada”, seguiu.
A necessidade de abertura de vagas, segundo ela, não inclui apenas os ministérios criados ou retomados neste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também pastas herdadas da gestão anterior. A chefe da pasta da Gestão defende que trata-se de um processo de “reconstrução do Estado brasileiro”.
“A gente tinha uma série de ministérios que tinham sido criados, mas sem gente suficiente para poder dar conta das políticas que estão sendo implementadas naqueles ministérios. Não só os ministérios novos, mas nos ministérios que existiam antes também tinham carência de pessoal”.
Recomposição da administração pública
O governo federal detalha, nesta quarta-feira (10/1), os editais do Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos Concursos”. A divulgação dos documentos está prevista para sair em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta quarta.
Serão selecionados, de uma só vez, 6.640 servidores, para 21 órgãos públicos federais. As vagas serão distribuídas no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, mediante a aplicação simultânea de provas em todos os estados e no Distrito Federal.
A concorrência deverá ser elevada — segundo estimativa da pasta apresentada ao Metrópoles em dezembro, são esperados 5 milhões de candidatos.