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Ministra diz que governo Bolsonaro “precarizou” o setor público

Segundo Esther Dweck, é “difícil dizer qual” área da administração pública federal está em situação pior

atualizado

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Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Esplanada dos Ministérios
1 de 1 Esplanada dos Ministérios - Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta sexta-feira (16/6) que o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), precarizou os serviços públicos ao não realizar concursos para provimento de vagas na administração federal.

“O governo anterior comemorava essa queda do quadro de pessoal (de servidores) como se fosse um ganho de gestão, quando, na verdade, era muitas vezes uma precarização dos serviços”, disse Dweck à imprensa na tarde desta sexta.

Questionada sobre quais áreas apresentam os maiores déficits de servidores, Dweck evitou cravar:

“Houve uma precarização muito generalizada, difícil dizer qual a área pior”.

Segundo Esther Dweck, a pasta da Gestão está montando uma comissão para auxiliar os demais ministérios em suas seleções. “Justamente pela falta de concursos há muito tempo, essas áreas de elaboração de concursos nos ministérios estão desestruturadas”, disse ela.

Em 2022, Bolsonaro indicou que, caso fosse reeleito, reduziria o número de concursos públicos no país. Ao longo dos últimos quatro anos, foram feitas seleções pontuais.

Na visão do ex-mandatário, ao evitar a liberação de novos concursos, o governo estaria “protegendo” os servidores. “Sei que muito jovem fica chateado, quer um concurso, mas a máquina está no seu limite”, pontuou.

4,4 mil novas vagas

Foram anunciadas nesta sexta 4.436 vagas distribuídas em 20 órgãos públicos. Os editais para seleção serão publicados no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias.

Os postos estão distribuídos entre os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), da Educação (MEC), do Meio Ambiente (MMA), das Relações Exteriores (MRE), da Saúde, de Minas e Energia (MME) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Veja a lista:

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Reprodução/Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
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Reprodução/Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos

Próximos passos

Nas próximas semanas, serão montados e publicados os editais dos concursos públicos. A autorização para sua realização deverá ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) dos próximos dias. Uma primeira parte deverá sair já em edição extra nesta sexta.

A expectativa do Ministério da Gestão é que uma parte dos servidores selecionados entre no serviço público ainda em 2023 e a restante, no começo do próximo ano.

“Envolve um tempo grande. A nossa expectativa é que, soltando hoje, a gente consiga terminar os concursos ainda este ano e tente fazer algum provimento ainda neste ano”, informou Dweck, defendendo uma “força-tarefa” para acelerar o processo.

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