Ministra Cármen Lúcia classifica como “ato grave” explosões no STF
As declarações da ministra Cármen Lúcia foram feitas na primeira sessão da Corte Eleitoral nesta quinta-feira (14/11)
atualizado
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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, declarou, nesta quinta-feira (14/11), que, apesar do “ato grave” cometido por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, ao detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Judiciário continuará as atividades para “preservar a necessária democracia brasileira”.
“Às vésperas da data da comemoração da proclamação da República, que será amanhã, o Brasil foi dormir preocupado com os acontecimentos que tiveram lugar, especialmente na Praça dos Três Poderes, e nas mediações do Supremo Tribunal Federal, um ato grave de tentativa de uma pessoa acercar-se daquele lugar como foi amplamente divulgado”, anunciou a ministra.
A Praça dos Três Poderes foi alvo de ataques na noite dessa quarta (13/11), quando um homem e um carro explodiram nas proximidades do prédio do STF e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, respectivamente.
“Nós damos continuidade aos nossos trabalhos com a mesma tranquilidade, destemor e, principalmente, comprometimento com a democracia brasileira”, destacou a ministra.
As declarações da ministra Cármen Lúcia foram feitas na primeira sessão da Corte Eleitoral nesta quinta. Segundo ela, “graves acontecimentos não comprometem o que é muito mais responsabilidade: de trabalhar para que a democracia brasileira se sustente como vem se sustentando, sem qualquer tipo de condições adversas que possam, de alguma forma, abalar sua estrutura e dinâmica”.
“A nós, servidores, servidoras, especialmente da Justiça Constitucional e Eleitoral, compete dar continuidade às nossas funções para preservação da necessária democracia brasileira, que não se abala diante de qualquer ato que possa eventualmente atentar ou buscar atentar contra a pessoa, instituições, ou funções, democráticas”, destacou Cármen Lúcia.
Explosões na Praça dos Três Poderes
O responsável pelo ato, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, se explodiu na Praça dos Três Poderes na noite dessa quarta. Nas redes sociais, Francisco fez ameaças sobre um atentado com bombas. Ele escreveu mensagens sugerindo um ataque contra alvos políticos que ele chamava de “comunistas de merda”.
Os ministros do Supremo foram retirados às pressas do prédio da Corte, e a Praça dos Três Poderes precisou ser isolada por risco de novas explosões. Os palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu tiveram reforço na segurança.
O caso é investigado pela Polícia Federal como atentado terrorista.