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São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um hacker por invadir a intranet do Senado Federal e divulgar os dados obtidos em contas das redes sociais Twitter e YouTube. O processo tramita sob segredo de justiça. Caso o investigado seja condenado, poderá cumprir até 10 anos de reclusão.
Os crimes ocorreram no ano passado, quando o acusado, por meio da prática de phishing, obteve dados de um servidor do Senado, o que possibilitou o acesso ao sistema de Intranet do órgão e ao correio eletrônico do trabalhador. Após entrar nos sistemas internos da Casa legislativa, o hacker fez um vídeo — que foi postado nas redes sociais — expondo a fragilidade de segurança da rede.
O denunciado chegou a publicar em rede social trechos do inquérito policial aberto para apurar os crimes cometidos em agosto. Na nova postagem, expôs indevidamente dados pessoais do servidor do Senado responsável por comunicar as circunstâncias da invasão à Polícia Legislativa do órgão.
Para cometer os crimes, o hacker obteve os dados e acessou os sistemas do Senado a partir do computador de um amigo de infância que o tinha hospedado em sua casa, para ajudá-lo após uma prisão ocorrida em julho.
“O MPF opinou, em cota enviada junto à denúncia, pela impossibilidade de realização de acordo de não persecução penal, já que o crime foi praticado de forma reiterada, tendo o denunciado inclusive já sido condenado em outra ocasião por conduta semelhante”, diz o Ministério Público, em nota.
A denúncia aguarda o recebimento pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.