“Ministério dos Povos Indígenas é internacional”, diz Sonia Guajajara
O presidente Lula criou o Ministério dos Povos Indígenas para garantir a participação efetiva das comunidades no governo federal
atualizado
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A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol), afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que o Ministério dos Povos Indígenas é uma pasta internacional, tendo em vista a importância da proteção dos territórios originários para a segurança climática do globo.
“Estamos muito confiantes de que é um ministério que veio para ficar. Tanto que a gente fala que o nosso ministério é considerado o ministério internacional por toda a amplitude e por todo esse trabalho que os povos indígenas fazem, não só para nós, mas para o Brasil e para o mundo”, declarou Sonia Guajajara.
Já como presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, durante a Convenção Mundial do Clima (COP-27), que ocorreu no Egito, a criação do então Ministério dos Povos Originários.
“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas garantam a sua segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários devem ser protagonistas de sua preservação”, disse Lula à época.
Em 1º de janeiro, o governo Lula oficializou o Ministério dos Povos Indígenas, o primeiro na história que se dedicaria exclusivamente às demandas das comunidades originárias. Para comandar a pasta, o petista escolheu a então deputada federal Sonia Guajajara.
A ministra destacou ao Metrópoles que este primeiro ano de ministério foi dedicado, em grande parte, à estruturação e definição das diretrizes da pasta. Guajajara garante que o órgão será um “ministério articulador, também executor de políticas”.
Confira aqui a entrevista completa:
Terras indígenas e meio ambiente
Segundo o MapBiomas, uma rede de organizações da sociedade civil que trabalha em torno da questão ambiental, os territórios indígenas são a principal barreira para conter o avanço do desmatamento no país.
Nos últimos 30 anos, as terras indígenas perderam apenas 1% de sua vegetação nativa, enquanto, nas áreas privadas, esse percentual foi de 20,6%.