Ministério da Saúde volta atrás e libera vacinação para adolescentes
A pasta afirmou, nesta quarta-feira (22/9), que “os benefícios são maiores que os efeitos adversos”
atualizado
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O Ministério da Saúde voltou atrás, nesta quarta-feira (22/9), sobre a recomendação de suspender a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos e que não têm comorbidades. A medida acontece após a Anvisa ter descartado o óbito de uma jovem em São Paulo como efeito adverso.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, reforçou, durante coletiva, que “os benefícios da vacina são maiores que os efeitos adversos”.
“Comparando tudo o que foi aplicado, mesmo com esses supostos erros de imunização, é um percentual muito baixo. Hoje, o ministério não suspende mais de forma cautelar a imunização em adolescentes sem comorbidades”, acrescentou o secretário executivo.
A pasta ressaltou que os adolescentes só poderão ser imunizados com vacinas liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o grupo. Atualmente, apenas a Pfizer é autorizada para essa faixa etária.
De acordo com a Anvisa, o caso do óbito “tratou-se de um quadro clínico característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), uma doença autoimune”.
O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, adiantou que o Ministério da Saúde vai editar a nova nota técnica sobre o assunto, que deve ser publicada ainda nesta quarta (22). Segundo apuração com fontes da cúpula da pasta, o documento já está sendo preparado desde terça-feira (21), após o Supremo Tribunal Federal (STF) dizer que estados e municípios têm autonomia para decidirem sobre a vacinação dessa faixa etária.
Outras vacinas
Outro motivo que levou a pasta a recomendar a suspensão na última semana foi a suposta imunização de adolescentes com outras vacinas que não a da Pfizer, a única aprovada pela Anvisa. “Se houve erro na aplicação, é necessário uma vigilância”, disse Cruz.
Entenda
A imunização de adolescentes que têm 12 anos ou mais foi suspensa pelo governo federal na última quinta-feira (16/9), após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticar campanha antecipada dos estados e citar “eventos adversos a serem investigados”.