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Ministério da Saúde vai redistribuir vacinas da dengue não aplicadas

Segundo o Ministério da Saúde, a redistribuição será feita a partir de um ranqueamento de estados e municípios em emergência por dengue

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Nísia Trindade, ministério da Saúde - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Brasil registrou, nesta quarta-feira (20/3), a marca de 1.937.651 casos prováveis de dengue em 2024, segundo o Ministério da Saúde. O valor representa um recorde, já que, em mais de 20 anos, o país não tinha tantos casos de dengue em um só ano.

Por causa dos números e após uma tensa reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a chefe da pasta, Nísia Trindade, começou a se movimentar. Um dos motivos para a queda de popularidade do petista nas pesquisas de opinião é o número crescente nos casos de dengue.

Hoje, por exemplo, Trindade participou de coletiva de imprensa. E anunciou uma redistribuição das doses de vacina que não foram aplicadas. Ainda não há detalhamento das ações nesse sentido.

Segundo a pasta, essa redistribuição será feita a partir de um ranqueamento de estados e municípios em emergência por dengue. Além disso, está sendo destinado R$ 300 milhões para a aquisição de medicamentos para estados e municípios.

Trindade também falou de avanços na produção de uma vacina nacional.

Por enquanto, a aposta continua sendo a Qdenga, que não é a primeira vacina para dengue, mas, segundo a pasta, é a mais eficiente e melhor para a segurança pública.

“Continuamos no processo ainda não finalizado com a Fiocruz. Antecipamos que haverá a possibilidade da produção da vacina nacional. Ela está em processo, mas não temos a definição precisa de quantas doses podem ser produzidas. E falta a análise da própria Anvisa”, disse a chefe da pasta.

O órgão está destinando R$ 1,5 bilhão ao longo do ano para as doenças epidêmicas. Trindade informou que o foco é continuar no combate ao mosquito e dar atenção para impedir casos graves e salvar vidas.

Outra medida adotada é para evitar a concomitância de doenças, como a antecipação da vacina de gripe, por exemplo, que já está acontecendo no DF.

Até o momento, o país já contabilizou 630 óbitos por dengue e outros 1.006  ainda sob investigação.

Ministério da Saúde responsabiliza clima por aumento de dengue

No fim do mês de fevereiro, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue. Nísia Trindade, o alto volume de casos tem relação com fatores como as mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. A pasta estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:

  • mantenha a caixa-d’água bem fechada;
  • receba bem os agentes da saúde e os de endemias;
  • amarre bem os sacos de lixo;
  • coloque areia nos vasos de planta;
  • guarde pneus em locais cobertos;
  • limpe bem as calhas de casa; e
  • não acumule sucata e entulho.

O órgão também tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue para municípios selecionados, direcionadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas.

As doses foram enviadas para as seguintes unidades federativas: Distrito Federal, Goiás, Acre, Amapá, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

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